Saturday, January 29, 2011




Ontem descendo a escada entre um ensaio e outro me deparei com um cara vestido com uma roupa que deixaria a Lady Gaga no chinelo.

Eu amo o meu trabalho.

Onde mais você pode viver entre pessoas tão anormais quanto você?

Parece até que o mundo lá de fora é cinza e quadrado.
Enquanto o meu tem cinco dimensões com cores que o olho humano não enxerga.

.....

Momento multipolar: quando há tristeza ou solidão o próprio espírito cria maneiras de emanar felicidade, alegria e futilidade.


A dose do dia



Quando uma tristeza tocar seu coração
Não se desanime e cante uma canção...

Agora está bem mais difícil.
Tenho mais trabalho do que nunca.
Aulas, ensaios e responsabilidades.
Fora a pior pressão, que é a da minha consciência, que não se contenta com nada menos do que o máximo que eu puder dar.
Estou aqui há uma semana mas sinto como se estivesse nesta rotina enlouquecida há 5 meses.


Thursday, January 27, 2011

Agora o lado bonito da neve

Está cada vez mais difícil fazer post regulares porque eu estou tendo aula e ensaiando das 8 as 22 todos os dias (sábados e domingos também...)
Era para eu ter feito este post antes, mas minha internet não estava colaborando. Até parece que eu só ia postar as fotos das coisas feias, se o que mais me apaixona são as belezas desta cidade!

Então, querem dar uma volta comigo?



Na madrugada da quarta para quinta teve Snow Storm que transformou a cidade num caos. Mas apesar do caos, não tem nada mais emocionante do que ver todo aquele branco e pisar na neve e sentir seu pé afundar.





Bobinha que sou, enfrentei a neve para ir até a faculdade ter aula, mesmo sabendo que estava tudo parado. E pelo caminho fui tirando fotos.


Subway na 54th.
E a Times Square ao fundo da minha caminhada diária rumo ao metrô.


Esperei o N e o R por uma eternidade, mas como tinha saído bem cedo, não estava atrasada.
E aí vim prestando atenção nos detalhes da neve na região do East Village e St. Marks.



Olha o New York Film Academie Cafe escondidinho no meio de tanta brancura.


Uma árvore que quis permanecer no outono, enquanto todas as outras já haviam aderido ao inverno.


Uma escada intocada.

E então ao chegar na minha escolinha, pontualmente às 9hs da manhã para minha aula de balé, o homem do elevador olha para mim e diz: "O que você está fazendo aqui?... Suas aulas foram canceladas..."
E ao invés de ficar triste ou estressada, respirei feliz. Porque nunca tenho nem fim de semana, nem feriado, e de repente eu ganhei um dia off para poder me recuperar fisicamente de toda a maluquice de ensaios que estou envolvida.
Feliz da vida, enrolei um pouco no quentinho do prédio vazio da dança e depois voltei para encarar o frio e tirar mais fotos.




8th St Station uptown. Caminho da roça. Voltando para casa.
E só para dizer que realmente sou eu por aqui e para minha mãe parar de reclamar que não tem nenhuma prova que eu estou morando aqui enquanto eu não tiver uma foto minha me jogando na neve:



Tudo bem. Não deu para me jogar na neve e tirar foto ao mesmo tempo.
Mas essa já dá para o gasto.

O lado não tão glamouroso de NY

Neve branquinha e sonhadora caindo do céu?
É. Durante 5 minutos.
Depois vem a realidade.
Um baita transtorno no transporte, uma sujeirada e muita lama cinza.
A tempestade de neve que caiu ontem fez a paisagem aqui em NY ficar linda. Mas pela sua impraticidade logo muito sal é jogado, a neve derrete, os carros passam e tudo vira uma lama preta.
Andar pela calçada se torna algo extremamente engraçado ( e nojento), e as vezes perigoso, porque a neve pisada e derretida vira uma verdadeira pista de patinação.
É uma missão arriscada andar com galocha com neve até o tornozelo (ou até o joelho), mochila pesada nas costas e máquina fotográfica na mão tentando capturar imagens desse dia-a-dia.
Estou surpresa que eu não cai de bunda no chão nenhuma vez.
Talvez minhas habilidades bailarinísticas tenham ajudado no fator equilíbrio.






Este lixo já estava descoberto. Mas a maioria dos lixos que enfeiam as ruas marginais de Manhattan estavam completamente cobertos.
Mas o pior mesmo é ver estranhos pontos amarelos na neve que deveria ser branca.
Amo cachorros, mas xixi canino na neve é péssimo.


Wednesday, January 26, 2011

Inspiração Pirata do dia

Não é que o flickr do meu noivo me deixou mais feliz?




Flor.
Expressão.
Abraço.
Paciência.
Compreensão.
Compaixão.

Nuvem.


Carol.

Tem tanta neve e tanto cinza que você está esquecendo do verde.

Abraçe uma árvore.

Como me sinto hoje:



E olha que ironia.
Vi um rato ontem na cozinha, enquanto eu tomava café da manhã.

Saturday, January 22, 2011

la vuelta del los dropes - la chegada em NY

Aviso de post infinito..............................................................................................................

Primeiro o som dos filmes da telinha do avião não funcionou. Tinha um monte de filme que eu queria assistir para gastar minhas 10 hs de voô com algo inútil...mas nada. Passei as 10 hs dormindo e acordando mesmo.

Cheguei aqui e sai correndo para passar pela imigração antes que super lotasse. Foi mais fácil ainda do que a última vez. Todo mundo morre de medo dos caras mau humorados que carimbam o passaporte. Mas graças a Deus eu nunca tive nenhum problema. (Também... quer mais quadrada e organizada do que eu?) Pelo contrário, eu me divirto. Da última vez que passei na imigração o cara da alfândega viu que eu estudava na Tisch e me deu um código de desconto para um musical.

Mas desta vez, foi muito mais engraçado porque o moço fez questão de dizer que.... ele era italiano, que ele achava brasileiras lindas, que ele não gostava da Gisele porque ela é muito alta, contou que namorou uma brasileira, (lá para essa altura ele já tinha errado o que ele tava anotando na minha papelada e teve que rasgar e fazer um outro), aí ele disse que brasileiras eram nuts, perguntou se eu era explosiva, perguntou o que eu dançava, (aí eu tive q colocar meus dedos na telinha de impressão, mas ao invés de fazer todos os xerox de dedos ele se contentou com uma vez só e falou que eu não precisava porque eu era legal) se dança contemporânea era tipo dancing with the stars, perguntou se eu dançava fox trot, (meu não envergonhado não o parou), se eu sabia tango, salsa (aí eu o lembrei que no Brasil era samba), aí ele comentou que queria ver o carnaval e me perguntou se já era época de carnaval, aí ele carimbou meu passaporte. Amém.
Enquanto isso eu fazia cara de amassada-dando sorriso-simpático concordando com qualquer coisa só para acabar com o inquérito.

Fui esperar minhas malas. Naqueles tensos minutos você pensa: será que é desta vez que vão extraviar minha mala? Mas minhas malas chegaram rapidinho.

E então, olha que divertido (aviso de ironia): esperei 1h o serviço de super shuttle e fui a penúltima pessoa a ser levada ao seu destino final, chegando às 10 hs da manhã aqui no convento. (Tudo isto curtindo a fossa da solidão do último post.)

Mas Deus castiga. Ou melhor: a gente colhe o que a gente planta.
Quando coisas ruins acontecem a gente tem duas opções: reclamar e chorar OU fazer algo com o que nos é dado.
Mas o que a Caroldzilla fez?
Começou a cultivar o monstrão do mau humor...

Neste ponto da história vamos combinar que eu não era uma pessoa que vocês gostariam de conversar.

E aí vem o ponto alto do meu retorno a NY:

Meu quarto novo era no segundo andar. Um share. Em que a habitante que divide o quarto comigo (humpft) vive numa pocilga. Não tinha armários suficientes para minhas coisas. E o chão era absurdamente suspeito. Ah... e a internet é itinerante (5 min com sinal 45 sem).

Mas não é isso o pEor. O pEor era que quando cheguei a freirinha me avisou que os dois elevadores estavam quebrados.

Uhhul.

Welcome to NY. AGAIN.

Mas vocês ainda não acham que está tão ruim? (lembram que dá última vez foram cinco andares?)

Só que vocês não estão contando com as seis caixas de tralha que eu deixei no porão... E como eu não tinha força eu tive que subir levando uma ou duas de cada vez.

Tá ruim já? Não.

E quando faltava apenas a última mala (a maldita dos 32 kg), uma caixa e um edredom, uma freira passa por mim e me diz que eu deveria usar o ELEVADOR e um carrinho de carregar peso.

WTF?
(Não, mãe, por favor não vá procurar ver o que isso significa, que você vai brigar comigo.)

Quando entrei no meu quarto de convento "novo" e deparei com caixas e mudança por arrumar, malas para desfazer, um espaço que não comportava nada daquilo e muita sujeira eu estressei geral.

Skypiei o noivo e chorei as pitangas. Agora é engraçado, mas na hora eu tava tão triste que eu não via forma deu ser feliz no cafofinho novo.

E quem disse que eu tinha tempo?

Não deu para desarrumar nada. Peguei uns trapos para poder ensaiar e fui direto para a NYU colocar a vida em ordem e encarar um ensaio de 2hs.

Mas como eu senti falta de NY: Entrei no metrô, sentei e imersa nas minhas preocupações saltei do banco quando quatro mariachis entraram pela porta atrás de mim cantando la bamba (com violão, acordeon e voz) e dançando pelo vagão como se estivem ouvindo música de rave.

Quando voltei para casa (humpft) não tinha coragem de andar descalça nem de deixar nenhum dos meus pertences encostar naquela sujeira.

(Carol vai ser fresca lá na China)

E então eu tive uns momentos twitter que vou reproduzir aqui na íntegra:

Cheguei. 30 cm de neve. 2 elevadores quebrados. 1 mala de 32 kg na recepção. 6 caixas de mudança do porão ao quarto novo. Warming up.

(Mas era mentira, porque eu ainda não tinha limpado)

Minhas coisas continuam em malas. E neurótica por organização q sou não descubro como deixar isto vivível.

Uma gaveta meio a meia com coisas de banheiro e de cozinha. C/ outra gaveta em baixo de roupa? Cade o meu quarto 302? Odeio o 220 onde vim parar.

Há mais de 48 hs acordada direto. Sem comida e água. Cadê minha micro geladeira???

To tendo delírios de mau humor. Todos os pontos do meu corpo doem. Esqueci o líquido de lente no Brasil e minha lente tá colando no cérebro.

Fora o fato q eu tenho uma roommate porvir. Tarantino feelings geral.

Mas então eis que vem a inspiração. Eu pego o balde e mil produtos de limpeza e fico até 1hs da manhã faxinando:

Posso falar? Eu sou o mestre dos mares da faxina + organização.

Eu fiz um milagre e descobri que eu sou ninja da arte de limpar o chão e da arte de organizar itens de banheiro/cozinha/escrivaninha/limpeza/e roupas em dois cômodos de forma funcional, prática e bonita.

E que venha a roommate (graças a Deus ela não estava aqui e eu pude chegar chegando e colocando ordem nas coisas).

Ponto. Fim do mau humor.

Friday, January 21, 2011

Selva de pedra



De volta à Selva de Pedra.

Da última vez que vim, deixei um monte de gente chorando e vim confiante e corajosa.
Mas ontem, quando embarquei para NY e tive que dizer tchau de novo, doeu tanto, mas tanto.
Vim séria e pensativa. Contrária da desbravadora da última vez. Vim pensando na solidão. Em como a partida é diferente da chegada. Na partida tem tanto calor e ao chegar só tem frio. Literalmente e não literalmente. Não tem nem uma plaquinha de welcome. (Nem balões de hélio de welcome back que vi na recepção de uma viajante.) Nenhum grito de alegria quando você chega. Tem só meus pés pisando mais uma vez na cidade amada. Na cidade que mais significa trabalho para mim.
Isso não quer dizer que eu não tremi de emoção na descida do avião, quando tive certeza que estava aqui. Inteira. Nada de avião cair. (Isso é sempre uma preocupação no subconsciente de uma viagem aérea) E ao olhar para fora das janelinhas do avião e ver os montinhos de neve e os flocos contínuos que pintam o chão de branco, rezei para o piloto ter mão firme para que o avião grudasse no chão assim que as rodas encontrassem terra firme. Foi tudo tranquilo. Sem razão para tanto aperto no peito.
Dar peito para o desespero ou para a solidão só causa dor.
Como seria bom se eu fosse sempre forte para lembrar que eu não acredito em distância. Nem em solidão.

Thursday, January 20, 2011

Aeroporto



Em cada despedida o coração morre um pouquinho, para só reviver quando retornar aos braços de vários alguéns.

Rumo ao aeroporto.
De volta ao skype.
To com medo do frio, pode?
Selva de pedra me acolha de novo.

Wednesday, January 19, 2011

Climb every mountain

Um clássico é sempre um clássico.
Nada como a Noviça Rebelde para encher nosso coração de música, de alegria e de fé.
Assisto quantas vezes for. E sempre me emociono.




Climb every mountain,
Search high and low,
Follow every highway,
Every path you know.

Climb every mountain,
Ford every stream,
Follow every rainbow,
'Till you find your dream.

A dream that will need
All the love you can give,
Every day of your life
For as long as you live.

Climb every mountain,
Ford every stream,
Follow every rainbow,
Till you find your dream

A dream that will need
All the love you can give,
Every day of your life,
For as long as you live.

Climb every mountain,
Ford every stream,
Follow every rainbow,
Till you find your dream.

Tuesday, January 18, 2011




Às vezes no ímpeto de abraçar o mundo a razão se perde,

o coração aperta,

a garganta fica seca,

o corpo mole,

e o adeus chega.


OBS: A foto foi tirada pelo meu fotógrafo favorito: Nicolas Pirata
E eu não consigo ajustar o tamanho dela por motivos que desconheço.

Thursday, January 13, 2011

Todo ano a mesma coisa.



Chove chuva
Chove sem parar
Hoje eu vou fazer uma prece para Deus Nosso Senhor
Pra chuva parar
De espalhar toda esta dor

.....

Fiquei chocada com a imagem da mulher se jogando no rio agarrada ao seu cachorro.
E o cachorro se foi.
Que os que choram sejam consolados.
Que a dor diminua.
Que providências sejam tomadas
E que algum dia tudo isto faça sentido.
E tenho fé que vai.

Wednesday, January 12, 2011

Citações

Carol: Cadê seus relatos sobre arte, dança, educação ou qualquer coisa mais útil?

Estou de férias.

Dá licença que eu estou numa sintonia infantil?

...

Por algum motivo que desconheço resolvi dividir minhas breguiçes pessoais aqui. Portanto fiz uma seleção de boas citações - continuando na vibe desenho e filmes blockbusters - que qualquer um pode encaixar no seu dia-a-dia... Algo que demonstre que você é só um pouco maluco.

  • Mulan (Meu desenho favorito e fonte ó concur para frases diárias)



- Tá com pressa? "Sai do telhado, sai do telhado..."
- Alguém te deixou orgulhoso? "Minha garotinha tão pequenininha já salvando a China!"
- Cumprimento? "Fala grili"
- Cantada? "Quer ficar para o jantar?... Quer ficar para sempre?"

  • Star Wars


- Ensinou algo para alguém? "Muito bem, meu jovem padawan"
- Quer falar sobre seus inimigos? "... o lado negro da força andou fazendo..."
- Tá com vergonha de dizer Vai com Deus? "May the force be with you."
- Quer convencer alguém a fazer algo ruim? "Come to the dark side"

Obs: Como meu irmão chama Lucas, as possibilidades de releitura de citações usando "Luke"são fantásticas.

Obs2: Eu adoro um mundo imaginário, mas não sou daquelas que vive no meio de bonequinhos e outros itens de séries. Mas na minha busca por uma foto ilustrativa de Star Wars achei tanta coisa engraçada que merece um post à parte.

  • Exterminador do futuro
- Vai voltar logo? "I'll be back."

  • Senhor dos Anéis



- Se sentindo feminista? "I am no men" (E aí você finge que apunhala um espectro)
- Alguma posse material favorita? "My preciousss...grrr"
- Se sentindo um amigo fiel e melodramático? "I can't carry it for you... but I can carry you!"
- Bloqueando? "You shall not pass."


Eu costumo falar mais um monte, mas está dando branco. Logo mais edito e coloco mais.

......

May the force be with you.

Tuesday, January 11, 2011

Tangled




Imaginem a cena:

Confesso que eu sou uma metida-a-adulta-que-na-verdade-é-uma-criança que adora desenho. Por isso eu resolvi levar meus irmãozinhos no cinema como desculpa para assistir Tangled (vulgo: a versão de Rapunzel da Disney).
Só que, ao entrar na sala do cinema, percebi que estou precisando arrumar um novo bode expiatório. Pegou meio mal só ter adultos acompanhando crianças menores de 5 anos e eu com meus irmãozinhos de 18 e 15.
E para variar, lá para o meio do filme, quando duas crianças menores de 3 anos de idade resolveram gritar em eco as falas do filme, eu me esqueci de ser rabugenta e caí na gargalhada com vontade de entrar no eco da criançada.
Só faltou meu irmão, que usava aqueles ridículos óculos 3D fingindo uma cara de Van Damme, me dar um chute no pé para ver se eu crescia. E lá para o final do filme eu e a gabiroba ficamos todas molengas com vontade de chorar.

Nada como uma boa e velha fórmula de ser criança e feliz.
Estou sofrendo da Síndrome do Peter Pan.

Friday, January 7, 2011


Ai vida feliz.
Estou louca para voltar logo para lá e ficar aqui para sempre.

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