Se saudades matasse eu já estava morta.
Saudades
Da minha mãe. Do meu pai. Dos meus irmãos. Da Alana. Da minha família. Das (ex) Alunas
De tanta gente querida. Meus amigos.
Do Brasil.
(E das comidas do Brasil
porque eu sou sempre morta de fome...)
Hoje a pandora colocou música do Zelda na minha playlist
Fiquei feliz e triste de saudades do Lucas
Saudades das minhas avós que estão no céu.
Ainda não entendo esta saudade em que não sei quando vou vê-las novamente.
Todo dia penso nisso.
Estando aqui, longe de tudo, não tive chance de entender.
Tenho a sensação de perda.
mas ao mesmo tempo eu tenho essa sensação de perda em relação a tudo!
Andei refletindo nas minhas perdas.
Perdi tantos momentos com meus amados.
E são aqueles momentos simples que fazem mais falta.
Ver o cabelo da Gabi crescer.
Ter ido na formatura da Alana.
Ir ao Centro, trabalhar com as crianças.
Conhecer a namorada do meu irmão direito.
Dar aulas de tap.
Reuniões de família.
Café da manhã depois de dia de reunião de família.
Cheio de comidas erradas do dia anterior
Pessoas acordando em lugares estranhos da casa...
Saudades absurdas da minha cachorra.
A Hopi não fala no skype.
Ela não percebe o carinho e a falta que sinto dela.
Quando penso que ela deve imaginar que eu a abandonei, dói muito.
Por incrível que pareça, esta é uma das razões mais fortes da minha vontade de voltar para o Brasil
Só quem tem cachorro para entender
Ainda bem que a dor da saudades serve apenas para lembrar daquilo que a gente ama.
Espreme o coração.
Mas não mata
Devaneios artísticos de uma bailarina-coreógrafa vivendo pelo mundo. Pensamentos. Trabalhos. Alegrias e tristezas. Tudo e Nada.
Friday, October 26, 2012
Saturday, October 20, 2012
Teaser Last Stop.
Eis um trailer do Last Stop...
Film by Carol Mendes and Nicolas Pirata
Music by Zoe Keating
Performance by Erin Bomboy, Callie Hatchett, Elizabeth Hepp, Stanton Jacinto, Shane Larson, Natália Martinez, and Brittany Testone.
Teaser Last Stop from Carol Mendes on Vimeo.
Já devia ter divulgado este teaser há mais de 1 mês. mas fica difícil quando você mora nos EUA e se acostuma com as rígidas leis de direitos autorais. Faz 5 meses que estou tentando contactar a artista que compôs este trabalho para conseguir a permissão do uso das músicas e não obtenho resposta.
Estou arriscando colocar este vídeo online. Espero sinceramente não levar um processo, ou pior, espero que agentes da CIA não caiam do teto e me prendam neste exato momento.
Feliz sábado para você.
Film by Carol Mendes and Nicolas Pirata
Music by Zoe Keating
Performance by Erin Bomboy, Callie Hatchett, Elizabeth Hepp, Stanton Jacinto, Shane Larson, Natália Martinez, and Brittany Testone.
Teaser Last Stop from Carol Mendes on Vimeo.
Já devia ter divulgado este teaser há mais de 1 mês. mas fica difícil quando você mora nos EUA e se acostuma com as rígidas leis de direitos autorais. Faz 5 meses que estou tentando contactar a artista que compôs este trabalho para conseguir a permissão do uso das músicas e não obtenho resposta.
Estou arriscando colocar este vídeo online. Espero sinceramente não levar um processo, ou pior, espero que agentes da CIA não caiam do teto e me prendam neste exato momento.
Feliz sábado para você.
Friday, October 19, 2012
E a vida anda,
É.
A vida é dura.
Viver de Arte, ou melhor, de Dança é pior ainda.
Na luta diária.
Eu contra eu mesma.
Ganhar a disciplina de ser autônoma.
De ganhar menos do que o cara que lava prato no restaurante da esquina.
Manter minha dignidade e fé no futuro não é fácil.
Crio planos de meta todos os dias.
E ignoro minhas "to do lists" com frequência.
Não quero me justificar...
Mas já justificando:
Minha vida inteira eu tracei meus objetivos,
meus sonhos,
E alcancei todos eles.
Agora não sei.
Pela primeira vez me sinto navegando num limbo.
Não sei bem qual meu objetivo.
Não sei bem como alcançar.
É difícil ficar aqui.
Voltar para o Brasil me parece um tiro no pé.
Voltar para a Universidade não quero.
Chega de Academia.
Quero criar.
Mas quem disse que é fácil?
Não é.
Nem aqui, nem aí, nem em lugar nenhum.
Falta dinheiro.
Alguém tem um patrocinador aí...
Afim de bancar uma pessoa batalhadora, honesta, que não desiste nunca?
Tenho produzido meus trabalhos.
E tenho conquistado coisas.
E algumas coisas cairam do céu.
Estou tão feliz com o resultado do Subway Project.
O vídeo Last Stop, modésta a parte, virou o primeiro bebê meu e do Nicolas.
Estou apaixonada.
Tá aí.
Um trabalho que eu assisto, assisto de novo,
e toda vez me causa lágrimas,
ou me faz sorrir.
Só não posso divulgar, porque ainda não consegui o direito autoral das músicas.
Cruzem os dedos.
Me demiti do Brazilian Endowment for the Arts.
Não quero/
Não posso/
Não devo falar sobre isso.
Vamos só dizer que trabalhar para brasileiros nos EUA é tricky.
Só porque eu vim do Brasil não signifca que eu tenho que aguentar 3 meses de atraso no meu ridículo pagamento né?
Trabalhar de graça pelo que eu acredito? SEMPRE
Ser explorada? Não muito obrigada.
Ok. Acho que abri o meu bocão.
Mas sinceramente? Chega.
O estágio naquele lugar acabou com a minha auto estima.
E o mais impressionante é que eu tenho muito carinho por todo mundo que "trabalha" lá.
Mas doeu muito.
Se teve uma coisa que me fez parar de escrever foi aquele estágio.
Depressão? tristeza? Falta de amor próprio?
Decepção? Desapontamento?
Tudo isto junto.
Acho que só agora, devagar, estou começando a andar.
Se bem que,
acho que tudo é muito culpa minha.
Vou vivendo e armazenando tudo no peito, achando que posso conquistar o mundo.
Só que não.
Eu sou pequenininha e imperfeita.
Boba.
Mas um dia eu vou ser quem eu quero ser.
Disciplinada, trabalhadora incansável.
Forte.
E nisto se passaram 5 meses que eu me formei.
Apresentei minhas coreografias em dois festivais.
Fui convidada para retornar em 1 deles, devido ao feedback positivo da audiência.
Fiz um estágio.
Me demiti.
Consegui um emprego numa organização inteira americana:
Dancewave.
Estou muito feliz lá.
É só part time.
Mas é justo.
No começo foi difícil, mas agora estou completamente ambientada!
Além disso, minha amiga Julia
(da Julliard)
dona da Darcy
virou chefe de departamento de uma Universidade em outro estado.
Eu nem estava sabendo disto.
Mas fiquei sabendo quando ela me escreveu
me convidando para ser coreógrafa convidada da Universidade.
Estou muito feliz.
No começo não acreditei.
Mas como agora estamos trocando contrato e eu estou comprando passagens
para passar 1 semana em Wyoming dando aula e coreografando
faz tudo parecer mais real.
E:
eu vou receber de verdade.
Como coreógrafa.
Amém.
Mais um sonho: check.
Estou fazendo poucas aulas.
Fico presa aqui no meu quadradinho na rua 92.
Após sobreviver financeiramente à um mestrado,
não dá para bancar 5 aulas de balé, tap ou contemporâneo por semana.
Para quem fazia de 8 hrs a 10 hrs de dança por dia,
passei a um vergonhoso 6hrs por SEMANA.
Mas fazer o quê?
É o que dá por enquanto.
Mas graças a Deus estou dançando numa companhia,
tendo duas aulas por semana e ensaios.
Silva Dance Company.
Fusion de Capoeira, Danças brasileiras, balé e moderno.
Precisa ver...
Perdi o medo de ficar de cabeça para baixo.
Demorou 25 anos de vida, mas finalmente aprendi a dar parada de mão, estrela de cabeça, etc.
E no meio de tudo isto a vida vem andando.
Numa rotina louca flutuante.
Gastando muito do meu tempo assistindo netflix ou qualquer seriado bobo.
Mas again... acho que eu tinha um saldo positivo:
25 anos e com mestrado nas costas e todo o resto...
Eu pude me dar ao luxo de vagabundear por falta de saber o que fazer, não?
E de qualquer forma...
Se eu estou escrevendo isto aqui já é sinal que está tudo passando
e eu estou caminhando para novos rumos,
de trabalho,
se Deus quiser.
Amém.
De novo.
Ps:
Vocês
(caros fantasminhas persistentes)
sabiam que eu escrevo posts e mais posts no meu caderno de anotações?
que anda na minha bolsa)
e por vergonha,
de mim mesma,
das minhas faltas pessoais,
da minha falta de perseverança,
na vergonha da minha preguiça,
Eu não tive coragem de passar nada para meu blog?
Que o cara lá de cima me ajude a mudar essa chatice desta procrastinação.
Bora viver
E chega de arrependimento pelo que não consegui ainda.
Bora batalhar.
E obrigada às 3 taças de vinho que tiraram a vergonha na cara e me fizeram escrever muito do que estava entalado na garganta.
Fui.
Boa Noite.
Boa Tarde.
E Bom Dia.
(dependendo de quando vc ler isto).
=D
A vida é dura.
Viver de Arte, ou melhor, de Dança é pior ainda.
Na luta diária.
Eu contra eu mesma.
Ganhar a disciplina de ser autônoma.
De ganhar menos do que o cara que lava prato no restaurante da esquina.
Manter minha dignidade e fé no futuro não é fácil.
Crio planos de meta todos os dias.
E ignoro minhas "to do lists" com frequência.
Não quero me justificar...
Mas já justificando:
Minha vida inteira eu tracei meus objetivos,
meus sonhos,
E alcancei todos eles.
Agora não sei.
Pela primeira vez me sinto navegando num limbo.
Não sei bem qual meu objetivo.
Não sei bem como alcançar.
É difícil ficar aqui.
Voltar para o Brasil me parece um tiro no pé.
Voltar para a Universidade não quero.
Chega de Academia.
Quero criar.
Mas quem disse que é fácil?
Não é.
Nem aqui, nem aí, nem em lugar nenhum.
Falta dinheiro.
Alguém tem um patrocinador aí...
Afim de bancar uma pessoa batalhadora, honesta, que não desiste nunca?
Tenho produzido meus trabalhos.
E tenho conquistado coisas.
E algumas coisas cairam do céu.
Estou tão feliz com o resultado do Subway Project.
O vídeo Last Stop, modésta a parte, virou o primeiro bebê meu e do Nicolas.
Estou apaixonada.
Tá aí.
Um trabalho que eu assisto, assisto de novo,
e toda vez me causa lágrimas,
ou me faz sorrir.
Só não posso divulgar, porque ainda não consegui o direito autoral das músicas.
Cruzem os dedos.
Me demiti do Brazilian Endowment for the Arts.
Não quero/
Não posso/
Não devo falar sobre isso.
Vamos só dizer que trabalhar para brasileiros nos EUA é tricky.
Só porque eu vim do Brasil não signifca que eu tenho que aguentar 3 meses de atraso no meu ridículo pagamento né?
Trabalhar de graça pelo que eu acredito? SEMPRE
Ser explorada? Não muito obrigada.
Ok. Acho que abri o meu bocão.
Mas sinceramente? Chega.
O estágio naquele lugar acabou com a minha auto estima.
E o mais impressionante é que eu tenho muito carinho por todo mundo que "trabalha" lá.
Mas doeu muito.
Se teve uma coisa que me fez parar de escrever foi aquele estágio.
Depressão? tristeza? Falta de amor próprio?
Decepção? Desapontamento?
Tudo isto junto.
Acho que só agora, devagar, estou começando a andar.
Se bem que,
acho que tudo é muito culpa minha.
Vou vivendo e armazenando tudo no peito, achando que posso conquistar o mundo.
Só que não.
Eu sou pequenininha e imperfeita.
Boba.
Mas um dia eu vou ser quem eu quero ser.
Disciplinada, trabalhadora incansável.
Forte.
E nisto se passaram 5 meses que eu me formei.
Apresentei minhas coreografias em dois festivais.
Fui convidada para retornar em 1 deles, devido ao feedback positivo da audiência.
Fiz um estágio.
Me demiti.
Consegui um emprego numa organização inteira americana:
Dancewave.
Estou muito feliz lá.
É só part time.
Mas é justo.
No começo foi difícil, mas agora estou completamente ambientada!
Além disso, minha amiga Julia
(da Julliard)
dona da Darcy
virou chefe de departamento de uma Universidade em outro estado.
Eu nem estava sabendo disto.
Mas fiquei sabendo quando ela me escreveu
me convidando para ser coreógrafa convidada da Universidade.
Estou muito feliz.
No começo não acreditei.
Mas como agora estamos trocando contrato e eu estou comprando passagens
para passar 1 semana em Wyoming dando aula e coreografando
faz tudo parecer mais real.
E:
eu vou receber de verdade.
Como coreógrafa.
Amém.
Mais um sonho: check.
Estou fazendo poucas aulas.
Fico presa aqui no meu quadradinho na rua 92.
Após sobreviver financeiramente à um mestrado,
não dá para bancar 5 aulas de balé, tap ou contemporâneo por semana.
Para quem fazia de 8 hrs a 10 hrs de dança por dia,
passei a um vergonhoso 6hrs por SEMANA.
Mas fazer o quê?
É o que dá por enquanto.
Mas graças a Deus estou dançando numa companhia,
tendo duas aulas por semana e ensaios.
Silva Dance Company.
Fusion de Capoeira, Danças brasileiras, balé e moderno.
Precisa ver...
Perdi o medo de ficar de cabeça para baixo.
Demorou 25 anos de vida, mas finalmente aprendi a dar parada de mão, estrela de cabeça, etc.
E no meio de tudo isto a vida vem andando.
Numa rotina louca flutuante.
Gastando muito do meu tempo assistindo netflix ou qualquer seriado bobo.
Mas again... acho que eu tinha um saldo positivo:
25 anos e com mestrado nas costas e todo o resto...
Eu pude me dar ao luxo de vagabundear por falta de saber o que fazer, não?
E de qualquer forma...
Se eu estou escrevendo isto aqui já é sinal que está tudo passando
e eu estou caminhando para novos rumos,
de trabalho,
se Deus quiser.
Amém.
De novo.
Ps:
Vocês
(caros fantasminhas persistentes)
sabiam que eu escrevo posts e mais posts no meu caderno de anotações?
que anda na minha bolsa)
e por vergonha,
de mim mesma,
das minhas faltas pessoais,
da minha falta de perseverança,
na vergonha da minha preguiça,
Eu não tive coragem de passar nada para meu blog?
Que o cara lá de cima me ajude a mudar essa chatice desta procrastinação.
Bora viver
E chega de arrependimento pelo que não consegui ainda.
Bora batalhar.
E obrigada às 3 taças de vinho que tiraram a vergonha na cara e me fizeram escrever muito do que estava entalado na garganta.
Fui.
Boa Noite.
Boa Tarde.
E Bom Dia.
(dependendo de quando vc ler isto).
=D
Friday, September 7, 2012
Drops da minha vida banal.
Eu sei.
Eu estou enrolando de novo.
Mas não é por falta de vontade de escrever desta vez.
É por estar dando atenção maior a outras coisas que no momento são prioridades.
Para vocês terem idéia eu estou neste exato momento escovando meus dentes.
E aí, pela décima vez nestas últimas semanas, bateu um post na minha cabeça,
só que eu deveria estar terminando de escovar dentes, me arrumando para ir dormir "cedo" (1am)
Mas não.
Desta vez eu vim com escova de dente e tudo escrever.
Se a minha mãe ou o Nicolas estivessem aqui eles iam brigar comigo.
Eu não sei o que esse povo tem contra gente que escova dente fazendo outras tarefas.
E eu também gosto de mastigar a escova.
E já cheguei a ficar escovando os dentes por uns 40 minutos, fazendo outras coisas ao mesmo tempo.
E se você tem nojo:
problema seu.
Então,
mas voltando da onde veio a idéia de escrever este post...
Eu acabei de tomar banho e de uns tempos para cá eu tenho ficado bastante preocupada por dois motivos:
1. tem caído tufos e tufos de cabelo toda dia, parece que eu vou ficar careca
Mas isso eu não ligo taaanto,
talvez seja só porque meu cabelo está mais comprido
então aumenta a impressão de queda de cabelo.
Mas o segundo item é bem preocupante.
2. Cabelos brancos
...
...
...
...
...
Quero morrer.
...
...
...
...
...
Eu sei que não é para a gente arrancar...
Mas como você pode olhar para aquela coisa horrorosa (o cabelo) e deixar ela lá?
A primeira vez que eu achei um cabelo branco acho que foi com uns 21 ou 23 anos.
Achei uns 2 ou 3 de uma vez, num mesmo ponto.
Lógico que arranquei.
E desde então, neste mesmo lugar sempre renascem estes aliens.
Mas até aí tudo bem.
Era escondido, e só eu conseguia achar.
Só que neste último ano,
talvez pelo estresse de final de mestrado,
talvez pelo estresse de aguentar meu marido novo,
os cabelos brancos aumentaram.
E particularmente de 3 semanas para cá, teve um dia que eu devo ter arrancado uns 10, só de um lado da cabeça naquele mesmo ponto amaldiçoado.
Ai
que
raiva
Mas fazer o quê?
(E se alguém se der ao trabalho de comentar aqui que é a velhice chegando eu vou...
eu não sei o que eu vou fazer
porque não tem nada mesmo que eu possa fazer por internet...
Mas eu vou ficar irritada.)
Enfim.
Tudo isso para dizer umas coisas banais:
Eu escovo dente durante longos tempos
Meu cabelo está caindo
E o cabelo que não está caindo está ficando branco.
(Porque a porcaria do cabelo branco é que não cai?)
E agora eu vou cuspir (eca) porque eu já mastiguei demais essa escova
e faz só uma semana que eu comprei
e não to afim de comprar outra tão cedo.
Falou fantasmas.
Friday, August 17, 2012
I love NY
Vi este vídeo e de repente me lembrei porque eu amo tanto NY.
Eu sei que não parece, mas estou aqui, devagar e sempre.
A Year in New York from Andrew Clancy on Vimeo.
Eu sei que não parece, mas estou aqui, devagar e sempre.
Pensando no blog e nos meus amados do Brasil com tanto carinho.
É tanta coisa para dizer, mas tem sido difícil já que agora estou trabalhando em vários lugares e devo medir tudo que escrevo com mais cautela do que já fazia antes.
Ás vezes acabo ficando de mãos atadas. Quero chegar e desabafar meu dia escrevendo no blog, mas acabo me sentindo sufocada e segurando tudo dentro de mim. Porque prefiro dividir as coisas boas e produtivas da minha vida, do que deixar este blog virar um poço de lamentação.
E como ultimamente tenho ficado frustrada com algumas coisas por aqui, acabei optando por ficar quietinha e esperar melhores ventos passarem.
E este vídeo me fez feliz. Fiquei com vontade de dividir estas imagens com meus fantasminhas abandonadinhos. Pois é por isso que eu amo NY.
Friday, July 27, 2012
Geladeira, sangue e croissant.
O diazinho:
Brigo contra o sono para acordar
levanto
enrolo
trabalho
Busco a disciplina desta nova fase da minha vida
Arrumo a casa
estante para lá
livros
Olho fotos com carinho
Almoço
Nicolas prepara o almoço
batata recheada
eu estou tensa
Me sinto pronto para explodir por algum motivo
Descubro que é o dia da Avó
Penso nas minhas duas avós no céu
Choro
Vejo receitas de vó
Penso na mesa posta da minha avó Anacyr
Nos doces da Vovó Nilza
E nas receitas que eu nunca aprendi
Choro
Nicolas resolve limpar a geladeira.
Do nada ele corta o dedo do pé.
O corte sangra muito e eu não dou bola.
Bailarina tá acostumada com desastres no pé.
Curativo.
Ele volta para a geladeira
Ele fura e estraga a geladeira
Balde de água fria e nervosismo
Quando finalmente estamos colocando a vida em ordem e ajeitando a casa, isso.
Mas a culpa não é de ninguém.
Shit happens.
O pé não pára de sangrar.
fazemos mais um curativo.
E agora eu fico preocupada.
Pesquisamos rapidamente preços de mini geladeiras como a nossa.
Num impulso, paramos tudo e vamos atrás de comprar uma geladeira.
O Nicolas vai mancando.
Chegamos na target e só tem 1 geladeira muito cara para nosso bolso.
Voltamos desapontados.
Nesse ponto, o Nicolas checa o pé e descobre que o curativo não segurou nada.
o pé dele continua sangrando.
voltamos para casa
Fazemos mais um curativo
e ele sai
Fico em casa sozinha
Skype com mamis
Dor de cabeça infernal
Muito choro
e mistura saudades, com preocupação, com medo do futuro
com decepções comigo mesma.
E a cabeça gira e tudo parece sem esperança.
Mamis alegra o meu coração.
Ligo para o meu landlord.
Ele toca a campainha.
Mostro a geladeira.
Ele pede 1 minuto.
Ele sai.
Ele volta carregando outra geladeira.
Ele pega a estragada e a gente coloca na rua.
Ele não me cobra nada.
E eu chorei tanto.
Limpo a nova (velha) geladeira.
coloco as comidas de volta,
sem me preocupar se elas estragaram ou não.
Minha cabeça dói.
Fome.
E a maldita da preguiça.
E o cansaço.
Como qualquer coisa.
Perco meu tempo assistindo tv.
Mas a dor de cabeça diminui um pouco.
Falo com a Alana.
Choro mais um pouco.
Eita saudades que dói viu.
Chuva.
Trovão tão alto, que parece que ele mirou a minha casa.
E pensou: vamos assustar a Carol, pq hj ela está vulnerável.
Mas a chuva passa.
Crio vergonha na cara e às 11:30 da noite vou comprar algo para mastigar
Algo que não esteve no drama da geladeira descongelando.
Um gesto bom.
O vendedor que me conhece, me dá um croissant e arredonda minha conta para menos.
De volta em casa.
Ar condicionado
Ventilador
banho gelado (não estou doente, é que está quente demais até para mim)
Croissant do amigo caridoso
Skype com a Titia
Mais umas lágrimas de saudades.
Computador
Blog
Agora.
Boa Noite
E aguardo um amanhã melhor.
Sempre.
Wednesday, July 11, 2012
Sushi, Bridget Jones e Jalapenõ
Sabe aquele dia que você acha que é o chef de um restaurante 5 estrelas?
Pois é.
Meu dia começou sem muitas aspirações de grandezas.
Fui para o triskilions, esfreguei o chão, limpei os espelhos, minhas bailarinas chegaram, tivemos um ensaio excelente e voltei para casa.
Vim com o coração na mão. A dona da Darcy me mandou uma mensagem dizendo que ia buscá-la hoje. Eu e o Nicolas não queríamos nem atender o telefone. Estávamos a ponto de sequestrar a cachorra. Mas no final das contas, marquei um horário e lá se foi a bichinha feliz da vida para a casa de verdade dela. Nos deixando mais uma vez vazios e sozinhos. Foi bom enquanto durou, delícia fazer dog-sitting de uma cachorra fofa.
E logo em seguida meu marido foi trabalhar.
Então fiquei eu, sozinha, em casa, mais uma vez.
Já dizia minha mãe: cabeça vazia é oficina do Diabo.
E olha que eu não estou exatamente com a cabeça vazia...
Milhões de coisas por fazer e eu estou obviamente protelando até o último instante.
Eu poderia estar editando e finalizando o Subway project, deveria estar organizando o Press Kit dos meus trabalhos para a apresentação deste Domingo no festival The Current Sessions.
Mas não, eu fiquei procurando descobrir como fazer sushi através de vídeos no Youtube.
E então achei esta pérola:
Óbvio que depois de assistir este vídeo eu virei uma mestre samurai do sushi (na minha mente fértil).
Mas como eu não estava com paciência (e dinheiro) para ir comprar arroz e utensílios de cozinha japonesa, eu decidi ir no mercadinho libanês aqui na esquina de casa, comprar legumes e coisas que pudessem se tornar uma receita brilhante.
Sabe a Bridget Jones, quando ela decide que vai fazer 5 pratos, e acaba fazendo sopa de barbante azul? (Se você não viu este filme, e não tem conhecimento de cultura inútil, vai ler um blog cult chato.) Meu dia na cozinha foi ligeiramente similar...
Comprei coisas para fazer uma salada cool e fresquinha (porque aqui em NY tá um calor aborígene): abacate, cogumelos, pepino japonês, mini tomate, tahini (libanes), e algo que eu jurava que era um mini pimentão verde.
Vamos direto ao ponto: cortei o abacate (que tava meio duro), o tomate, o cogumelo e o pepino. Então fui cortar o suposto pimentão. E - pausa para o suspense - eu linda, dei aquela dentada servida no pimentão. Fui à lua e voltei. Sessenta copos de água depois eu soltei todos os palavrões possíveis. Agora resta saber o que diabos eu vou fazer com todo o Jalapenõ (pimenta mexicana) que eu comprei.
Bom, aí eu deixei de lado o Jalapenõ, coloquei todas as outras coisas cortadinhas numa cumbuca e fui inventar de fazer um molho. À esta altura eu já estava meio frustrada com as minhas habilidades, então eu resolvi ir fundo na experimentação gastronômica...
Consegui fazer um molho gororoba com tahini, shoyo, azeite, e mel. Ficou interessante.
Mas no processo eu derrubei shoyo pela pia e pelo chão da casa, pepino voou para um lado, talheres caiam. Sei lá o que aconteceu. Hoje eu estava um desastre. E para coroar, após me entupir desta salada à mode carol, eu fui atacar um Muffin de Chocolate que comprei, e na hora que eu estava passando com o prato , eu juro que o Muffin se abriu ao meio e caiu bem em cima do lap top, se despedaçando todo e derrubando migalhas entre as teclas.
Agora visualize a minha alegria interna.
Pois é.
Como estou escrevendo agora aqui, juntem um mais um, limpei tudo e ainda peguei um cotonete para limpar entre as teclas...
Mas vou te falar, hoje foi um dia peculiar.
Thursday, July 5, 2012
Update - retorno à vida.
Faz três meses que não escrevo aqui.
Eu me formei.
Minhas duas amadas avós faleceram num espaço de duas semanas. Bem enquanto eu coreografava minha última apresentação na NYU. E recebia meu diploma no estádio do Yankees.
Um buraco em mim, exatamente no meu momento de maior realização profissional.
Minha mãe esteve aqui e foi a melhor coisa do mundo.
A saudade da minha família bateu mais forte do que nunca.
Estou há 10 meses direto sem colocar o pé no Brasil.
Tudo bagunçou na minha cabeça.
Meu coração vai ser sempre brasileiro, mas minha estrutura profissional é americana.
Ficar ou voltar?
Estou aguardando a regularização das minhas papeladas, mas a princípio, ficar por mais um ano...
----
Meu estágio no Brazilian Endowment for the Arts está ótimo. As vezes me sinto no filme "O Diabo veste Prada", tenho que correr atrás de tarefas impossíveis que não tem nada a ver com o que eu faço. Mas ao mesmo tempo, estou tendo a oportunidade de conhecer um grupo de profissionais, artistas e de contatos impressionante. Ligar e conversar com um ministro foi um dos pontos altos até agora.
Consegui um work exchange na Triskilion Arts. Glamour zero: limpo um teatro/sala de dança e em troca ganho duas horas de espaço free para ensaiar com a minha companhia. Mas está valendo... vocês tem alguma idéia do quanto custa o aluguel de uma sala por aqui? Sai por no mínimo U$15 a hora... E como eu não tenho salário que pague sequer meu aluguel, eu não teria como viabilizar ensaio para minha companhia se eu não arrumasse um deal deste tipo.
Passei no Festival Internacional de Videodança da Amazônia e no Dança em Foco com o meu trabalho Ruína. Com a coreografia Piece #4 entrei num festival super bacana chamado The Current Sessions (no dia 15 de Julho) e num festival no teatro Dixon Place, em Agosto.
Consegui criar meu website em inglês.... e fiz tudo sozinha!
www.carolmendes.org
Também passei em uma audição e entrei numa companhia nova por aqui: Silva Dance Company. Sim, de um coreógrafo brasileiro! A companhia tem uma linha mais comercial, que mistura contemporâneo e capoeira. É extremamente físico e tá valendo muito a pena para mim neste momento.
------
Muitas coisas aconteceram. Pensei em retornar ao blog várias vezes, mas nunca consegui.
Acho que escrever no blog está ligado à minha produtividade interna. Por mais que pareça que eu tenha feito um monte de coisa desde que me formei, nestes últimos meses tenho me sentido numa eterna ressaca da NYU. Estive absolutamente improdutiva.
Espero que meu retorno ao blog esteja marcando minha volta à produtividade.
Meus sonhos são tantos. Tenho tanta coisa pela frente, mas a vida é tão difícil.
Principalmente por ter que trabalhar numa área completamente negligenciada por todos, lutando a cada dia para sobreviver e viver de dança.
Que o cara lá de cima me ajude, apesar de eu estar meio desmerecedora de ajuda.
A disciplina de trabalhar sozinha (escrevendo projetos em Português e em Inglês, fazendo audições, me mantendo em forma) é muito dura.
Mas vamos que vamos.
E obrigada à Paulinha, que me mandou um e-mail lindo que me inspirou a voltar a escrever.
E bora trabalhar....
Monday, April 16, 2012
Piece #4
Devagar e sempre retorno ao blog.
Faltam 5 semanas para eu me formar no mestrado.
Portanto é mais do que justificável minha ausência por aqui.
No último mês apresentei meu trabalho Piece #4 e dancei para outras coreógrafas em diferentes espaços e festivais.
Também houve o Major Dance Concert, onde dancei mais uma vez a coreografia Rookery criada pela coreógrafa Aszure Barton. Foi intenso, cansativo, mas também gratificante.
Terminei o primeiro corte do meu subway project e estou a todo vapor criando meu último trabalho a ser apresentado na NYU (agora em Maio, 2012).
Estou com a corda no pescoço; a correria está gigante.
Comecei um estágio no Brazilian Endowment for the Arts e tenho corrido atrás da minha permanência por aqui.
Há ainda alguns trabalhos finais a serem entregues. Workshops e masterclasses que finalizam o curso.
Estou me inscrevendo em tudo quanto é que é coisa que consigo. E estou trabalhando sozinha, me virando para montar meu website-portifolio em Inglês (www.carolmendes.org)
É isso.
Mais dança na veia do que nunca!
E olha aí minha coreo (com minha edição!):
Faltam 5 semanas para eu me formar no mestrado.
( E pensar que comecei este blog antes de vir para cá, buscando um meio de me comunicar com minha família e amigos no Brasil...)
Parce que foi há mil anos atrás.
Mas também parece que foi ontem.
Portanto é mais do que justificável minha ausência por aqui.
No último mês apresentei meu trabalho Piece #4 e dancei para outras coreógrafas em diferentes espaços e festivais.
Também houve o Major Dance Concert, onde dancei mais uma vez a coreografia Rookery criada pela coreógrafa Aszure Barton. Foi intenso, cansativo, mas também gratificante.
Terminei o primeiro corte do meu subway project e estou a todo vapor criando meu último trabalho a ser apresentado na NYU (agora em Maio, 2012).
Estou com a corda no pescoço; a correria está gigante.
Comecei um estágio no Brazilian Endowment for the Arts e tenho corrido atrás da minha permanência por aqui.
Há ainda alguns trabalhos finais a serem entregues. Workshops e masterclasses que finalizam o curso.
Estou me inscrevendo em tudo quanto é que é coisa que consigo. E estou trabalhando sozinha, me virando para montar meu website-portifolio em Inglês (www.carolmendes.org)
É isso.
Mais dança na veia do que nunca!
E olha aí minha coreo (com minha edição!):
Piece #4 from Carol Mendes on Vimeo.
Sunday, April 15, 2012
Tempo - Jiri Kylian
Tempo que não há.
Minha noção de tempo se esvai.
O que antes parecia lento se torna natural.
Em cada detalhe cabem mil palavras de expressividade
Sentimentos traduzidos em gestos
Pura dramaturgia
Pesquisa dos significados
Jiri Kilian e Michael Schumacher criaram uma obra prima
Um dos trabalhos mais complexos que já assisti
Cada personagem é absolutamente único
Por mais que eu estivesse atenta
Eu perdia informações
Por mais que fosse tudo uma dança em slow motion
Eu não conseguia ver tudo
A senhora bêbada
O homem apaixonado
Um outro homem sem escrúpulos
Uma cena de estupro
Mas por pior que isso soe:
tudo era belo
e triste.
A vela no escuro.
As imagens refletidas nos espelhos.
Uma grande sucessão de imagens poéticas.
Metáforas únicas para mim,
e provavelmente únicas também para cada indivíduo na plateia
Histórias sendo criadas em minha mente
O tempo se alongou
E mesmo após o fim do espetáculo
“Last Touch First” continuou se estendendo e se recriando na minha mente
Fui em busca de histórias de Chekov
De fato, os personagens são complexos
Um reflexo cru e cruel da humanidade
O medo da morte
Frivolidades
Mentiras, decepções.
E a esperança de alguns.
E então não me importo mais com o que tudo isso quer dizer
A memória grava um tempo novo
E isso se perde numa imensidão de pensamentos
A dança fica jogada em algum lugar do pensamento
Fluindo sem sentido
E paradoxalmente, com a maior coerência possível.
O espetáculo se tornou uma lembrança
Um turbilhão de sentimentos jogado no buraco negro da memória.
Tempo que se perde
Que para
Que dura para sempre.
Minha noção de tempo se esvai.
O que antes parecia lento se torna natural.
Em cada detalhe cabem mil palavras de expressividade
Sentimentos traduzidos em gestos
Pura dramaturgia
Pesquisa dos significados
Jiri Kilian e Michael Schumacher criaram uma obra prima
Um dos trabalhos mais complexos que já assisti
Cada personagem é absolutamente único
Por mais que eu estivesse atenta
Eu perdia informações
Por mais que fosse tudo uma dança em slow motion
Eu não conseguia ver tudo
A senhora bêbada
O homem apaixonado
Um outro homem sem escrúpulos
Uma cena de estupro
Mas por pior que isso soe:
tudo era belo
e triste.
A vela no escuro.
As imagens refletidas nos espelhos.
Uma grande sucessão de imagens poéticas.
Metáforas únicas para mim,
e provavelmente únicas também para cada indivíduo na plateia
Histórias sendo criadas em minha mente
O tempo se alongou
E mesmo após o fim do espetáculo
“Last Touch First” continuou se estendendo e se recriando na minha mente
Fui em busca de histórias de Chekov
De fato, os personagens são complexos
Um reflexo cru e cruel da humanidade
O medo da morte
Frivolidades
Mentiras, decepções.
E a esperança de alguns.
"The departed sleep; the dear ones sleep!" the stranger mutters, sighing loudly. "They all sleep alike, rich and poor, wise and foolish, good and wicked. They are of the same value now. And they will sleep till the last trump. The Kingdom of Heaven and peace eternal be theirs." (“A bad Business”, by Anton Chekov.)
E então não me importo mais com o que tudo isso quer dizer
A memória grava um tempo novo
E isso se perde numa imensidão de pensamentos
A dança fica jogada em algum lugar do pensamento
Fluindo sem sentido
E paradoxalmente, com a maior coerência possível.
O espetáculo se tornou uma lembrança
Um turbilhão de sentimentos jogado no buraco negro da memória.
Tempo que se perde
Que para
Que dura para sempre.
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Assisti "Last touch First" no The Joyce em 10 Abril 2012.
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Monday, February 27, 2012
Correria louca.
Saturday, February 18, 2012
Piece #4
Alma lavada... Terminei mais uma coreografia!!!
Mais um bebê nasceu!!!
Tô tão feliz.
E daqui a duas semanas: apresentação.
Acho que nesta coreografia finalmente consegui colocar toda a essência da minha breguice pessoal... =D
Está tão divertido, o que não era minha intenção principal, mas fazer o quê?
Acho que sei fazer coisas engraçadas... rir da própria desgraça... é algo que surge fácil no meu trabalho.
Agora tenho dois ensaios para limpar tudo e então já é a tech week.
Estamos quase lá.
Assim que eu tiver fotos deste trabalho eu posto aqui.
Também já comprei o figurino.
Vestidos curtos de polka dots e shorts coloridos que arrumei emprestado.
Ficou a minha cara...
E essa é a minha quarta coreografia (que montei sozinha, e para palco...) criada durante meu mestrado!!!
Mas já é meu oitavo trabalho contando coreografias em colaboração, videodança e trabalhos para palco. Tudo isto só nesses 2 anos enquanto estive por aqui em NY fazendo mestrado, sem contar trabalhos feitos no Brasil.
Amo meu trabalho-vida.
Mais um bebê nasceu!!!
Tô tão feliz.
E daqui a duas semanas: apresentação.
Acho que nesta coreografia finalmente consegui colocar toda a essência da minha breguice pessoal... =D
Está tão divertido, o que não era minha intenção principal, mas fazer o quê?
Acho que sei fazer coisas engraçadas... rir da própria desgraça... é algo que surge fácil no meu trabalho.
Agora tenho dois ensaios para limpar tudo e então já é a tech week.
Estamos quase lá.
Assim que eu tiver fotos deste trabalho eu posto aqui.
Também já comprei o figurino.
Vestidos curtos de polka dots e shorts coloridos que arrumei emprestado.
Ficou a minha cara...
E essa é a minha quarta coreografia (que montei sozinha, e para palco...) criada durante meu mestrado!!!
Mas já é meu oitavo trabalho contando coreografias em colaboração, videodança e trabalhos para palco. Tudo isto só nesses 2 anos enquanto estive por aqui em NY fazendo mestrado, sem contar trabalhos feitos no Brasil.
Amo meu trabalho-vida.
Thursday, February 16, 2012
A Nati dançando...
Editando o Subway Project.
E meu marido finalmente começou a gostar dos meus cortes.
Amo editar videos de Dança!!!
Na foto abaixo a minha querida amiga, e talentosa bailarina, Natalia Martinez.
Foto tirada pelo maridão Nicolas Pirata, é claro.
Coreografia, idéia, co-direção e edição deste Videodança... by me.
Quando a Nati dança ela se joga com tudo. É como se ela virasse do avesso e mostrasse tudo que ela tem dentro de si.
No começo ela esconde o jogo, parece nervosa, mas em seguida ela já mergulha de cabeça na proposta e dá o seu máximo.
Neste segundo dia de gravação do Subway Project estava 4°C, mas ela nem ligou, foi que foi, e dançou quantas vezes foi necessário.
Amo bailarinos assim.
E meu marido finalmente começou a gostar dos meus cortes.
Amo editar videos de Dança!!!
Na foto abaixo a minha querida amiga, e talentosa bailarina, Natalia Martinez.
Foto tirada pelo maridão Nicolas Pirata, é claro.
Coreografia, idéia, co-direção e edição deste Videodança... by me.
Quando a Nati dança ela se joga com tudo. É como se ela virasse do avesso e mostrasse tudo que ela tem dentro de si.
No começo ela esconde o jogo, parece nervosa, mas em seguida ela já mergulha de cabeça na proposta e dá o seu máximo.
Neste segundo dia de gravação do Subway Project estava 4°C, mas ela nem ligou, foi que foi, e dançou quantas vezes foi necessário.
Amo bailarinos assim.
Wednesday, February 15, 2012
Valentine's day e Amelie Poulin
Dia 14 de fevereiro foi Valentine's day aqui neste país do consumo.
Os restaurantes aumentam preço, penduram coraçãozinhos para todos os lados.
Marmanjões de terno carregando flores, ursinhos de pelúcia gigantes, ou modestas caixinhas de chocolate.
Vi pelo meu facebook que as minhas amigas(os) casadas ou namorando, fazem questão de mostrar para todo mundo o que ganharam de presente. E que os solteiros se juntam entre amigos e saem para jantar, ou pelo menos trocam presentes, flores e cartões.
É tudo muito maluco, ou sou só eu que acho isso exagero?
Enfim... Acabei entrando no clima de romance.
Eu e o Nicolas fizemos um jantar super gostoso e assistimos Amelie Poulin.
É impressionante como eu tenho Alzheimer juvenil. Eu já assisti este filme milhares de vezes. É um dos meus favoritos, mas eu não lembrava de nada!
Foi como assistir um filme maravilhoso pela primeira vez...
E no facebook rolou a história deste velhinho que achei linda. Por isso compartilho aqui:
" So today I was in Hallmark buying my mom a Happy Birthday card when I noticed this old man stnding in front of the Valentines card section contemplating which one to get. I decide to go over and I ask him “Are you getting a Valentine’s Day for your wife?” in which he replies 'No my wife died 3 years ago from breast cancer but I still buy her roses and a card and bring them to her grave to prove to her that she was the only one that will ever have my heart' "
Beijos nos fantasminhas apaixonados.
Amo vocês.
Tuesday, February 14, 2012
Dias impossiveis...
Dias impossiveis acontecem de vez em quando. Ontem foi um dia impossivel. E eu sobrevivi.
Acordei quase atrasada e corri para a primeira aula da semana. Tive aula de escrita com um professor convidado. O cara é artista plástico e escritor. Ele mistura palavras e conteúdos visuais, de forma bem interessante. Fiquei inspirada para escrever de forma mais maluca.
No meu curto horario de almoço - 30 minutos- comprei comida, imprimi um documento, assinei o documento, e engoli meu mac and cheese em 40 segundos.
Fiz a aula de ballet com o mac and cheese na boca do estomago e com a lingua queimada. Mas pelo menos o lado bom de estar tão cansada fisica e mentalmente é que tudo funciona: todos os giros, balances e intenções.
Depois da aula tive 15 minutos de intervalo e corri para resolver a inscrição num festival de videodanca. Passei os documentos para o Nicolas scannear e voltei correndo para minha project class.
Nesta aula todos os coreógrafos da companhia mostram suas coreografias e recebem feedback de uma banca de professores e alunos. Dancei primeiro na coreografia da Suzanne, que é sobre processo em Dança, e em seguida na da Erin, que é sobre o 11 de Setembro. Estou amando fazer parte destas duas coreografias.
Quando mostrei a minha coreografia e ouvi o feedback dos professores e alunos fiquei muito surpresa e satisfeita. Foram só coisas positivas sobre meu trabalho. Desde alguns comentários do tipo "é bem Carol", até palavras como imprevisível e divertido. Um dos meus professores falou que minha coreografia é como se eles entrassem em um filme "mudo" onde todo mundo se expressasse numa língua diferente.
(Na minha cabeça o mundo é meio exagerado e as pessoas deveriam andar de ponta cabeça, ter acessos de choro, comer chocolate, ficar rindo à toa...)
Em seguida a isto, tive meu ensaio. Apesar da semana passada que estive me sentindo travada quanto ao que coreografar, este fim de semana foi bem produtivo e consegui descansar a mente, tomando decisões sobre coreografias, vida e dança.
Para alguns pode parecer muito fofo/bonitinho o fato de eu estar morando em NY e tentando ganhar a vida como bailarina e coreógrafa. Mas na realidade é muito difícil. Eu mesma estou o tempo todo me questionando. Por que que eu faço isto? Dança é importante? O que eu quero dizer com minhas coreografias-trabalhos? Em um mundo tão amplo, o que eu estou fazendo para colaborar-questionar-mudar a situção em que vivemos?
Enfim. Meu ensaio foi mega produtivo. Sempre tento deixar meus bailarinos a vontade. E nesta coreografia ainda por cima, elas tem que comer chocolate no palco, então no ensaio eu levo kisses da Hershey's para elas irem treinando. Vocês podem imaginar o quanto elas gostam.
Em seguida tive mais 10 minutos de intervalo, tempo que usei para falar com o Nicolas, que conseguiu escannear os documentos que precisávamos. Corri para o 6o andar (pelas escadas... é óbvio) e mandei um e-mail inscrevendo o videodança Ruína (feito em parceria com a produtora Mariachis Audiovisual).
Voltei correndo 4 andares de escada, engoli um Yogurte e tive mais 1 hora e meia de ensaio da Suzanne. Ao fim deste ensaio, não tive tempo de beber e comer nada e a Erin já começou o ensaio. Normalmente seriam mais 1 hora e meia de ensaio, mas ela propôs que nós ficássemos até 10:30pm (ao invés de 9:45pm), como costuma ser, para termos o dia seguinte off. Todos topamos é claro.
Foram 13 horas de aula-trabalho-ensaios direto, com apenas 50 minutos de intervalo (que na realidade usei para resolver coisas). Ou seja, foi um dia impossível. Mas que cumpri tudo que precisei.
E para coroar a Segunda-feira eu tive a infeliz idéia de voltar para casa de ônibus, ao invés de metrô. O maridão abençoado veio me buscar e me acompanhar até em casa. Entramos no ônibus e por alguma triste razão a ($%$*%$%$) motorista foi dirigindo a 15kms/h.
Cheguei em casa as 11:40 da noite. Fui tomar banho, finalmente comi algo, assisti um filme até as 2 da manhã e fui dormir.
Yeah. This is NY.
Sunday, February 12, 2012
Domingo, pé de caximbo.
Nossa fantasminhas!!!
Foram tantos comentários invisíveis que até deu pau no meu blog e acabei ficando sem escrever por sete dias. Fiquei surpresa com o número de comentários (invisíveis) que me deram tantas opções para trabalhar em cima da mudança de humor feminino (meu último post)...
Ok, já entendi. Sem interativa da próxima vez, porque fica muita pressão em cima de vocês.
Então, voltando ao que interessa:
NY continua congelada. E sei que por aí no Brasil estão todos derretendo. Será que não dá para a gente mandar metade do frio para vocês, e vocês nos mandam metade do calor?
Minhas pernas estão tão brancas que dá até nervoso. To cansada de andar enrolada em casacos. Preciso de sol, quero fazer fotossíntese.
Na minha universidade continua tudo corrido. To ficando maluca com esta história de ter ensaio até as 10pm da noite todo dia, chegando em casa só as 11pm. Até jantar, assistir um "New Girl" merecido, eu acabo dormindo todo dia muito tarde... Moral da história: todo dia acordo meio zumbi.
Minha coreografia está saindo. Tá engraçada, para variar. Acho que é minha sina fazer dança que diverte. Mulheres malucas correndo pelo palco, fazendo gestos estranhos. Coisas sem sentido. Torçam para que eu consiga dar o meu máximo. Tenho me esforçado para caramba, estudando cerca de 3 hs por dia antes de cada ensaio, para estar preparada. Mas de vez em quando nada funciona, não consigo explicar direito o que quero, minha cabeça dá um branco e eu entro em pânico. E por outro lado, as vezes tudo sai maravilhoso.
Eu acho que isso acontece, porque essa é a primeira coreografia que eu estou montando que tem 8 minutos, e que a deadline está tão próxima. Do início do processo até a apresentação final estão sendo só 6 semanas para desenvolver este trabalho. Sendo que, as vezes eu consigo 3 ensaios por semana, as vezes não.
Enfim...
Hoje é Domingo... pé de caximbo...
Quer dizer...
Hoje é domingo, eu devia estar dormindo, mas tenho ensaio a tarde e a noite.
Indo agora criar mais uma coreografia, para a performance MFA II que irá acontecer em Maio (a minha última apresentação na Tisch).
Ai meu Deus. É muita coreografia na cabeça... Meu Subway Project, em fase de edição. A coreografia da SADC para Março. Remontagem do "Ques't que la fait rire?" para semana que vem e para festivais por aqui. E este novo trabalho, para o MFA II, para Maio. Fora o que eu estou dançando!
Estou ficando (mais) louca!!!
Sunday, February 5, 2012
Cookie monster, processo criativo e interativa fantasma.
Só para divertir:
Meu nome devia ser cookie monster.Tenho escravizado meu marido para ele fazer cookies para mim com mais frequência do que minha vida de bailarina permite.
Preciso de doces para manter meu bom humor.
E tenho pensado tanto em humor ultimamente...
--------
Estou coreografando um trabalho para a companhia da Tisch que será apresentado em Março. E antes de decidir o que fazer eu vivi a maior crise. Não sabia o que fazer. Eu deveria escolher um tema, pesquisar e coreografar? Devia entrar no estúdio, improvisar, filmar e partir dali?
Não conseguia escolher meu assunto. O que eu teria em mente para criar?
Então um belo dia, estava no chuveiro e eureka!...
Porque não trabalhar exatamente em cima disso? Porque não brincar com minhas dúvidas e começar a criar partindo de quão bipolar eu sou?
A inspiração poderia vir de qualquer coisa, mas o meu foco seria exatamente a mudança de uma idéia para outra, focando no humor feminino (afinal tenho 5 bailarinas). Desde então tenho trabalhado na minha coreografia brincando com mudança de situações e gestos.
--------
HELP
Hoje precisei fazer um exercício de escrita (em inglês) para uma aula que tenho amanhã. Estou tendo que descrever de forma artística e livre uma coreografia qualquer.
Óbvio que escolhi este meu trabalho, porque além de cumprir o que preciso, eu ainda consigo um pouco mais de inspiração e lucidez para continuar criando.
Tenho gostado de muitas coisas que fiz, mas ando me sentindo travada, preciso de mais idéias, de coisas aleatórias da vida... Coisas de mulher.
Por isso vou dividir com vocês algo que usei como inspiração e vou pedir para que vocês me dêem suas versões.
Pedi para todas as minhas bailarinas me escreverem uma frase, uma pequena história, ou qualquer coisa que viesse à mente delas, que fosse relacionado com mudança de humor.
E peço o mesmo para minhas caras fantasminhas. Por favor me ajudem com uma mão-inspiração. Escrevam nos comentários de forma anônima mesmo.
E segue o meu exemplo para vocês:
Toda vez que eu vejo um Beagle eu choro. Balões de hélio fazem o meu dia. Quando meu marido deixa as roupas nos lugares errado eu fico uma fera. Cookies e chocolate deixam tudo mais alegre. Choro quando estou muito feliz, ou muito triste. E também quando estou muito mais ou menos. Adoro coisas de bolinha. Morder, apertar cravinhos ou torrar a paciência do meu gordinho é algo que sempre me anima. Quando eu preciso escrever algo que eu não gosto (como este trabalho em inglês) eu fico bebendo água o tempo todo, tendo surtos de choro e de riso e grito sozinha em casa comigo mesma.
Aguardo cometários insanos.
-----
Post Scriptum:
Sabe aquele ditado americano "an apple a day keeps the doctor away"?
(Uma maçã por dia, e fique longe do médico... só que rimando).
Acho que acabei de fazer minha própria versão do ditado:
A post a day, keep the psychiatrist away.
=D
Saturday, February 4, 2012
Back to business!!!
Ok.
Já faz um mês que eu parei de escrever.
Quase subi pelas paredes.
Bati a cabeça no teto...
E cheguei a conclusão que não tem jeito:
Não consigo deixar de escrever deste jeito informal.
Por mais que eu ame escrever críticas, ou que eu tenha meu portfolio artístico todo organizado; eu continuo sendo esta mistureba de assuntos e idéias. Portanto aqui estou, de volta. Porque nunca saí. E o blog vai permanecer esta bagunça de idéias. Voi là.
Todos os dias transbordavam idéias para posts engraçados; relatos das minhas tragédias; ou notícias do mundo da dança. A vida ia andando e eu queria registrar de alguma forma. Não sei nem se isso aqui é para vocês ou se é para mim. Só sei que eu tenho memória de ameba, então não tem nada melhor do que escrever para não deixar a vida passar em vão.
Então olhando para trás, neste mês que se passou, aconteceram alguns pontos principais:
-Escrevi meu primeiro projeto em inglês e estou aguardando a seleção para saber se serei aceita em uma residência artística.
-Fiz um intensivo de inverno com a companhia do Doug Varone. Foi difícil para caramba mas eu amei. Me senti inspirada para seguir em frente dançando e coreografando.
-Estou trabalhando na edição do Subway project (meu terceiro videodança, mas 1o que além de coreografar eu fiz a direção - junto com o maridão - e irei editar). Não tenho a mínima idéia de onde isso vai dar. Entrei em contato com um compositor que irá fazer música original para este projeto.
- Tenho trabalhado na minha coreografia para a Second Avenue Dance Company, que vai estrear em Março. Além disso estou coreografando um outro trabalho para Maio e estou remontando uma coreografia antiga para mandar para festivais por aqui.
-As aulas na Tisch recomeçaram com todo seu grau de loucura. Tenho ensaio até as 1ohs da noite todos os dias da semana. Tive uma infecção nas bolhas do meu pé esquerdo e tive que ficar sem dançar por uns dias. Ainda estou me recuperando e os machucados nos pés demoram a sarar.
-Estou dançando em coreografias de duas colegas de mestrado e estou super animada com os trabalhos.
-Minha tia-fada-madrinha veio a trabalho para cá e passou alguns dias comigo e com o Nicolas. Comemos em um restaurante Tibetano (o que foi um máximo!!!) e antes dela voltar para o Brasil, ela nos deu de presente uma super compra de mercado. Estou mencionando isto porque tem tanto queijo na minha mini geladeira...mas tanto queijo... que não dá nem para imaginar minha felicidade. (Para quem não sabe: eu AMO queijo).
-Eu e o maridão estamos bem. Aprendendo a viver vida de casado. 95% do tempo nos amamos e nos outros 5% eu quero dar com o rolo de macarrão na cabeça dele, porque ele deixa sapato e roupas largadas pela casa.
-NY continua linda. Mas só nevou uma vez. O tempo está esquisito. Lembro que no ano passado fez muito mais frio do que está fazendo neste ano.
- Semana passada eu vi um cara que era o Obelix na sua forma humana-não-desenho. Sim, estou falando do Obelix (do Asterix), gaulês, gordão barrigudo, com uma barba/bigode gigante. Então... eu vi ele andando aqui na rua de casa.
E ontem eu e o Nicolas topamos com uma senhora de uns 60 beirando 70 anos... com cabelo azul.
É por isso que eu amo NY.
(É bom estar de volta... Senti falta de vocês, meus caros fantasminhas.)
Wednesday, January 4, 2012
2012 - Novos rumos.
Esse é o ano.
ou vai ou racha.
Este ano me formo no mestrado.
São decisões atrás de decisões.
Estou correndo atrás de projetos e trabalhos, tanto aqui quanto no Brasil.
Vamos ver aonde a vida me leva.
Andei debatendo comigo mesmo sobre a necessidade deste blog.
Se devo deletar ou não.
Que antes ele servia para um propósito principal: comunicar e dividir minhas histórias com o pessoal do Brasil ( fossem amigos, família ou interessados em Dança que caem de para-quedas aqui).
Mas neste meu segundo ano de curso de mestrado nem tudo que escrevi foi novidade.
Senti mais dificuldades em escrever.
Muita coisa aconteceu no meu âmbito pessoal (casei...para começar) e profissional (meu mestrado virou de ponta cabeça).
E o blog pesava no cantinho da minha mente. Sentia-me culpada se não conseguisse escrever três ou quatro posts por semana. E vocês bem sabem que eu sequer estou fazendo dois.
Por isso tomei a decisão de me ausentar um pouco do blog.
Sou absolutamente viciada em escrever. Mas não estou dando conta de manter as coisas como eu queria. Então provavelmente eu vou dar uma parada, pensar, e mudar a direção do que anda acontecendo por aqui.
Quem sabe eu finalmente consigo montar o website da minha companhia em Inglês.
Escrever os projetos que preciso.
Mandar videodanças para festivais.
Então por isso, por enquanto, ficarei ausente.
(Quem sabe não me dá 5 minutos e em 3 dias eu escrevo de novo. Sou bem multipolar.)
Mas por via das dúvidas, eu me senti na obrigação de me explicar com meus caros fantasminhas.
Feliz 2012 a todos, e até mais ver!!!
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