Tuesday, March 22, 2011

Máfia Chinesa

Vocês sabem que brasileiro é que nem Gremlin, né? Joga água e brota mais uns 6 por aqui.
Faz 1 mes que mudou mais uma brasileira para o convento. Agora o negócio está até animado demais. Vamos chamar a nova brazuca de codinome J*. Pois ela não quer ser identificada, já que eu menicionei que eu iria escrever sobre a nossa ida à Chinatown de qualquer jeito...

Na última semana comentei com ela que eu queria passear em Chinatown e então J* teimou que queria ir comigo. Eu sou do tipo solitária. Adoro passear no meu ritmo. Ando rápido e de repente paro e fico olhando um ângulo durante horas. Enfim, tenho meu próprio ritmo. Mas achei bom ter companhia para variar.

Mas chegando em Chinatown o nosso ritmo não deu tão certo.
Que nem polos magnéticos, que são atraídos por diferentes coisas, sabe?
E eu consegui entrar em algumas lojas onde eu tirei as fotos que eu postei abaixo, mas quando estavamos quase chegando na divisa little italy com Chinatown, a J* me vira sorrateiramente para um Chinês e pede para eu esperar.

Ela queria uma Louis Vuitton de qualquer jeito. E então o chinês me arruma um walkie talkie sabe lá deus da onde e aponta para a gente seguir ele.

Ai meu Deus.

Eu sou a pessoa mais quadrada que existe. Ilegal não faz parte do meu vocabulário. E a menina me enfia nessa enrascada.
Só sei que o chinês andava para cima e para baixo, virava em ruinhas. E eu me sentindo como se estivesse comprando drogas. Isso tudo porque eu não ia deixar a cabeçudinha sozinha, né?

E aí o cara passou a gente para outra chinesa, toda vestida de preto, óculos escuro, fone de walkie talkie. Era a própria Máfia Chinesa! E aí ela distribuiu um panfletinho com as fotos das bolsas. A J* escolheu uma, apontou, e ficamos esperando. Aí a mulher levou a gente mais para dentro do bairro, para perto de uma enorme van (e eu pensei cá com meus botões: - pronto, agora a máfia chinesa vai sequestrar duas brasileiras na tentativa de ganhar algum dinheiro em troca das reféns.)

To brincando. Não era tão assustador, porque mesmo nas ruazinhas, o bairro era lotado, e tinha mais um monte de mulher turista esperando por suas bolsas.

Mas mesmo assim. Sou mais minha bolsa da feira hippie de campinas do que uma Luis Vitton, verdadeira ou falsa. Verdadeira não me interessa, porque custa 100o dólares. É o preço de uma passagem para o Brasil. E, para mim, é um ridículo gasto de dinheiro que mostra que vc prefere um status do que investir em algo útil. E uma falsa, porque é falsa, ué. E é um crime. E nem é tão barato assim. Tipo... 150 dólares.

Enfim, então a *J perdeu a tarde dela, fazendo os chineses irem e virem trazendo diferentes bolsas (que vinham sempre de lugares diferentes, embaladas em sacos pretos), e como resultado um deles passou a perna nela.

...

Nesse meio tempo, eu e minha grande paciência ficamos explorando os arredores.

Eu achei a intersecção de chinatown com little Italy, o que é demais. Em pleno bairro chinês, uma rua cheia de cantinas italianas badaladíssimas. Todo mundo na rua. E sorvete italiano.
(Vale lembrar que este foi o dia que fez 21 graus, e que eu não acreditei quando eu tive que tirar meu casaco e continuei passando calor com uma blusa fininha).

Também achei um monte de lojinha de peixe, com cara de mercearia sem vergonha. Fui lá olhar os peixes, futricar, ver as cores, o cheiro (de peixe...), que coisas diferentes tinham.



Estava eu observando os preços (absurdamente baratos para padrões de NY) quando eu olho para um balde que estava logo abaixo de mim.
E me deparo com sapos. Enormes. Tão bonitinhos.
E continuei olhando.
(...)
Aí um deles se mexeu.
(?)
E aí vários começaram a se mexer.
Opa.
Sapo gigante vivo para o jantar. Estão servidos?



Que dó.
Fiquei com uma pena dos bichinhos.
Eu sou uma vegetariana meio sem vergonha, pois eu como peixe.
(Que por sinal, também tinha peixe vivo se debatendo nas banquinhas.)
Mas dá uma raiva da humanidade ao ver estes bichinhos sofrendo.
Eu acho que a gente deveria viver é de luz.
Fotossíntese é o caminho.

....

Mas o passeio no final das contas foi bom.
Vi mais um lado desta minha cidade favorita.
Me senti mais estrangeira ainda.
E me senti um pouco em outro tempo.



5 comments:

  1. morro de vontade de ir aí!

    eu tbm não gosto de coisas falsas, e nem por serem ilegais, mais simplesmente acho uma idiotice. Tem bolsas que realmente são liiiindas e dá vontade de ter uma, nesse caso até compraria, mas a maioria das vezes o povo compra só pq é de "marca", pra dar status, sendo que nem status é por uma coisa falsa....

    e tbm odeio ver bixo sofrendo...não sou vegetariana pois não tenho tempo pra ficar cozinhando, mas gostaria de ser, pq não gosto da idéia de matar seres vivos pra serem comidos...


    bjos

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  2. Que medooo!!!!!!!!
    huahauhauha
    E viva o churrasco hein carol!!!!
    =D
    bjuuu

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  3. Carol, ri muito com a parte inicial do post, hehehe. Me lembrou um episódio de Sex & The City!

    Taí, somos duas vegetarianas sem vergonha, rs. Ainda não consegui largar o peixe... Um dia chego lá!

    Beijos!

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  4. Huahauhauhaa!

    OBA! Adorei o post... Só não vi antes pq hj eu trabalhei o dia todo e dps fui resolver ultimas coisas de formatura... Dei uma passada lá pra bandas de Paulínia e visitei minha afilhada Hopi... =D

    Fiquei morrendo de dó dos sapinhos tbm... =/

    Mas o post ficou mara!

    MISS U LOT, SPECIALLY THIS DAYS...

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  5. hahahaah adoreeeeeeeeeeeeei!Quero uma chinatown aquiii!a liberdade é muito fajuta....
    Beijoooo

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