Sunday, February 27, 2011

Oscar night. Frustração. Quotes

Oscar night e eu não posso fazer nada. Pelo menos consegui assistir Megamente na última sexta, o que colaborou para minha alegria interior infantil. Mas já deletei o filme do meu lap, porque não quero agentes do FBI escalando a parede do convento e por alguma razão estranha o audio do desenho mudava de Português para Inglês e de vez em quando tinha vozes de crianças dando risadas.
Já que não tenho tv e estou no sofrimento aqui batendo a cabeça na parede, eis um vídeo de amadas quotes de filmes. (Roubei o vídeo que vi no Twitter da Ju do blog Almond Blossoms).

Quis morrer quando vi este vídeo e reparei que esqueci de mencionar algumas quotes essenciais que digo diariamente:

Quando alguém tem que se apressar:

- Run Forest, run.

Quando estiver melodramático:

- You complete me.
ou
- You had me at hello.

Quando brigar de luta fake com seu irmão:

- Prepare to die!

Ao se apresentar, diga como o meu exemplo.... Mendes. Carol Mendes

- Bond. James Bond

Com dúvida de onde deve ir?

- Ao infinito e além.

Quando você estiver de mau humor como eu:

- Você está falando comigo? Você está falando comigo? Tem que me chamar de Sr. Porco.

Quando você tiver visões estranhas:

- I see dead people.

Quando você está com excesso de auto-confiança:

-I'm the king of the word.

Mas além destas quotes que uso no dia-a-dia há também ótimas cenas e frases neste vídeo. Há alguns que eu já tinha mencionado, outros que eu não lembrava, mas que gosto e não costumo dizer. E tem aquelas que você não tem a mínima idéia de onde vieram.
Mas se tiverem paciência assistam até o final, porque a última frase é uma das minhas cenas favoritas de filmes.



Paul Taylor Dance Company


Neste domingo tive a oportunidade de ir assistir o Paul Taylor Dance Company no New York City Center.
Quanto mais assisto as grandes companhias que são fruto da Dança Moderna americana, mais eu formo a minha opinião quanto à estrutura da Dança neste país.
Não tem jeito. Americano parte mesmo é da forma. Sem julgamento de valores, porque a transição entre formas é movimento, e isto é dança.
Mas enquanto a dança moderna da Alemanha valorizava a criação partindo do interior, a dança americana é completamente ligada ao conteúdo externo.
A Minha pergunta é: como encontrar um equilíbrio perfeito em uma dança que é genuína expressão artística e impressão estética?


Em relação ao espetáculo desta companhia eu esperava bem mais. Foram três obras deste coreógrafo, sendo duas antigas (da década de 70) e uma premiere.
Os trabalhos mais antigos foram interessantes, apesar de serem de certa forma um vocabulário de dança moderna (onde o corpo começa a desconstruir o balé clássico) numa estrutura bem quadrada.
O coreógrafo buscou pesquisar formas, iluminação e estrutura. Na foto acima (da primeira obra que assisti) simplesmente não houve interação com esta estrutura interessantíssima, eles só dançavam em volta de forma bem quadrada. Mas em compensação o Paul Taylor fez algo que eu sempre quis fazer: a coreografia foi feita com exatamente duas partes iguais, mas com dois elencos diferentes repetindo os movimentos, um após o outro, com duas músicas diversas. Algo bem bacana em termos de relação dança e música.
A outra remontagem dele foi um mix de baile antigo com experimentação estética dos anos 80. Muito estranho. Mulheres de vestido longo e chapéus de espelhos futuristas que refletiam a iluminação. Homens de ternos que dançavam elegantemente e de repente pareciam animais.
E a coreografia mais recente dele foi uma miscelânea meio duvidosa. Alguns pontos interessantes e bailarinos lindíssimos capazes de qualquer coisa, mas coreograficamente foi bem bobinho. Forçando a barra para ser escrachado. Ele quis fazer parodias de diversas coisas. Um bêbado, um bando de isadoras (duncan), plebeus de um feudo, Adão e Eva e uma sapateadora de dança irlandesa. Era propositadamente bobo e superficial, ou eu não entendi nada mesmo.
Enfim, é sempre bom ver estes espetáculos, formar uma opinião, e conhecer os coreógrafos que começaram a mudar as coisas.

Feedback





No semestre passado fiquei na maior tristeza na época das minhas apresentações porque era absolutamente a primeira vez que eu ia dançar algo e ninguém da minha família iria ver. Só um dos dias tive uma amiga brasileira na platéia.

Mas desta vez a Nati me fez o favor de ir no meu ensaio geral, filmar todas as minhas coreografias. Depois foi feliz da vida me assistir na sexta-feira levando umas amigas dela do Broadway Center. E foi de novo no sábado.

A sexta foi o dia mais importante para mim, apesar de ter sido um tanto quanto amaldiçoada. Foi neste dia que todos os trabalhos que eu estava envolvida estavam no programa. Abri o concerto com o meu duo com a Cecilia. A coreografia da Anna em que eu estava dançando fechou o primeiro ato. A minha coreografia abriu o segundo ato e dancei no trabalho da Kristen na penúltima coreografia da noite.

Ou seja, o dia era extremamente importante para mim. Graças a Deus a Nati estava lá para me dar um oi, porque foi a noite dos baldes de água fria na cabeça. Foi a noite (e o dia) das críticas destrutivas que tentam te derrubar. Mas fiz meu trabalho direitinho e dei 100% em tudo que estava envolvida. Sai realizada e com a sensação de dever e paixão cumpridas.

Foi especialmente triste dançar pela última vez meu duo com a Cecilia, que sem dúvida nenhuma foi o trabalho mais pessoal e de que mais senti orgulho na minha vida. Fiquei desolada quando acabou.

A estréia da coreografia que fiz para sete bailarinas ocorreu na sexta direitinho. Apesar do fato que eu escolhi a música tão bem que todo mundo que veio elogiar meu trabalho primeiro perguntava sobre a música. Mas no sábado minhas bailarinas finalmente entenderam o aspecto emocional que eu queria e tudo foi para um nível além. Fiquei muito orgulhosa e agradecida.
Eis a foto tirada 5 minutos antes delas entrarem fazendo poesia no palco:


Saturday, February 26, 2011

Para descontrair. Natália em minha vida.



Depois das controversias do último post resolvi pegar leve aqui...

Desde que minha roommate chegou, a vida tem sido bem mais animada.
Não tem graça comer sozinha, mas quando estamos em duas tudo vira mais feliz. Alimentar-se é um ato social.

A doidinha da Natália grita com o laptop enquanto fala no skype e compra porcarias americanas de todos os tipos: Skittle, gosminhas, geleinhas de minhoca coloridas, etc. E atrapalha com a minha dieta xiita.

Ela escuta música da Disney a maior parte do tempo, mas de vez em quando sai na playlist dela uma Ivete, um forró ou um rock inominável. Mas em geral quando estamos juntas a gente fica no meio termo escutando Tribalistas e Marisa Monte. Se bem que vire e mexe ela tem que me ouvir fazendo a meu diário de música, escrevendo sobre as sinfonias de Beethoven.

De vez em quando ela pára e fica com o olhar vazio em alguma direção não identificável por minutos. E como quando eu estava sozinha eu já falava com os objetos inanimados do meu (ex) quarto, imagina agora que eu tenho uma pessoa para ficar falando.

Ela me advertiu que de vez em quando "brisa". Nunca gostei muito desta expressão, mas ela certamente se aplica neste caso. Estava eu andando para lá e para cá pelo nosso quarto de 25 metros quadrados quando eu escutei o barulho dos navios cargueiros no rio Hudson.

Eu sempre esqueço de comentar isto por aqui. Muitas vezes a gente se esquece que Manhattan é uma ilha e que existe vida fora daqui. Escutar a nota grave destes navios dá uma felicidade e calma. Vai saber por que? E estava eu comentando isto com ela quando ela tira o fone de ouvido para escutar o som e abre um sorriso e um olhar sem foco. Ficamos nós duas apreciando o pooooooom dos navios e conversando porque aquele som é tão bom.

E aí ela me solta: "É uma sensação meio inexplicável, feliz. Sabe quando a Dory e o Marlin (Procurando Nemo) encontram a luzinha lá no fundo do mar. É mais ou menos assim."
Sem mais a comentar.


Friday, February 25, 2011

Um espinho.

É fazendo que se aprende não é?
Isso que dá tentar ser uma pessoa boa e dividir meus míseros conhecimentos publicamente.

Coloquei o vídeo que eu editei com o maior amor e carinho aqui no blog há apenas 3 dias.
E no blog onde eu presumo que amigos e pessoas que se importam visitam. E alguém se deu ao trabalho de ir lá e colocar uma avaliação negativa.

Meu único pensamento é o comentário que minha mãe me dizia quando eu era pequena:

Se você não tem nada de bom para dizer. Não diga nada.

Óbvio que fiquei chateada.
Meu primeiro impulso e ato foi retirar meu vídeo de circulação.
E estou pensando em entrar de férias deste blog e arrumar algo mais útil para o mundo.
E algo que eu não leve pedrada.
Mas como o meu noivo fez questão de lembrar:
Eu só estaria sendo uma covarde fazendo isso.

Então hoje eu proclamo o dia que eu fico.
Fico com o vídeo e fico aqui.
E os incomodados que se mudem. Que vão com Deus e as pulgas. Achar sarna para se coçar em outra freguesia.
E os amados que me acompanhem, ok?
Cada um dos comentários de vocês me enche de energia para escrever mais, olhar o mundo artístico e criticamente. Vocês não sabem o que cada oi aí do Brasil significa para mim...
Porque são para vocês que eu escrevo: Alana, Nicolas, Ivy, Renan, Mãe, Ani, Júlia e Gabi.
E talvez mais alguns que torcem pelo bem, pelo crescimento e pelo aprendizado sendo dividido e espalhado.
O que é a minha única intenção por aqui.

E essa novela mexicana justo no dia da minha estréia.

Respiro fundo.
Mentalizo um estado de calma, paciência e fé.

E saio do meu tropeço de emoções alegre, por que como eu daria valor para a beleza das rosas se minhas mãos não sentissem a advertência dos espinhos?

Thursday, February 24, 2011

Como foi. MFA 1 Concert

Entre trancos e barrancos o corpo para em pé, a mente cansada luta e o emocional se endireita.
A adrenalina sobe.
Piso no palco e num instante tudo se acaba.
Tanto trabalho e em duas horas é passado.
Sai a dor.
E fica a satisfação do dever cumprido.
Do amor realizado.
Da dedicação.

...

Deu tudo certo.
Tremi ao dançar meu duo com a Cecilia.
Mas como tudo tem tanto significado eu não pude deixar de me emocionar quando no último trecho do nosso trabalho a gente dá as mãos e olha para a frente.
Rumo à algum lugar.

E a coreografia dificílima da Anna.
Sobrevivi.
E fiz meu trabalho direitinho.
Amém.

Que amanhã e depois seja ainda melhor.

E que venha a estréia da minha coreografia amanhã.
E que eu dance bem creepy no trabalho da Kristin.

Tuesday, February 22, 2011

Ques't que la fait rire?

Está aí - minha alma aberta ao público:

(Leia primeiro e veja o vídeo depois, se você gostar de spoilers. Ou faça o contrário.)


Comecei este blog quando fui aprovada na NYU. E mesmo antes de ter sequer certeza se eu iria conseguir o visto, ou se eu ia conseguir viabilizar minha vinda para cá eu começei a ficar obcecada com a idéia de achar uma forma para me manter em contato com meus familiares, amigos e ao mesmo tempo dividir informação sobre as minhas experiências por aqui.

Mas este blog tomou uma dimensão muito interessante na minha vida. Estando aqui em NY eu vivo completamente focada nos meus estudos de dança, mas o que não significa que eu deixei de olhar para o mundo, deixei de ver graça na minha própria desgraça ou de que as vezes eu não preciso esvaziar minha mente simplesmente escrevendo.

Faz um bom tempo que quero dividir aqui um pouco do meu aspecto profissional. Porque no final das contas é o que eu faço a maior parte da minha vida, o restante que está por aqui é apenas o meu olhar aguçado das minhas andanças ou os reflexos das minhas alegrias e frustrações nesta vida maluca que eu escolhi, a de ser artista.

Como vocês devem ter lido nas entrelinhas dos meus últimos posts eu estou ficando enlouquecida com as apresentações deste semestre. E assim vai o programa da NYU, temos aulas de técnica todas as manhãs, as aulas acadêmicas com diversos projetos finais. E acima de tudo temos as apresentações (showings, MFA Concert, etc) que tomam todo o nosso tempo livre (por isso que fico todo dia até às 10 hs e sábado e domingo passo minhas manhãs e tardes ensaiando).

No semestre passado fiz o que considero o meu primeiro trabalho como coreógrafa "de verdade". Antes disso já havia coreografado trabalhos pequenos na Unicamp e minhas turmas de sapateado. Mas nunca tinha me posicionado inteiramente como coreógrafa, criando e dirigindo totalmente um grupo de bailarinos profissionais.

Eu sabia que a pressão iria ser grande em relação ao trabalho que eu criasse. Como se tudo que eu fizesse depois fosse associado com esta primeira impressão por aqui. E com isso em mente resolvi entrar nas salas com meus bailarinos e simplesmente criar sem compromisso de explicar as razões do universo.

Minha idéia foi explorar um pouco a mente feminina e a sensação de estar de saco cheio.
O quanto que nós mulheres temos que sempre agir dentro de determinados padrões e as nossas explosões fora destes padrões.

Talvez eu tenha escolhido este tema inconscientemente porque eu nunca me senti encaixando em lugar nenhum. Sempre me senti dividida entre meus movimentos naturais (que não pertencem a rótulo nenhum) e a dança rotulada.

Isso porque a dança de hoje em dia "dita" natural chamada de dança contemporânea muitas vezes é uma chatice de se ver. E eu sempre sofri o conflito de criar coreografias que fossem inteligentemente aceitas versus criar algo que é simplesmente gostoso de se ver, mas que pode ser vazio.

Mas no final das contas não sei nem dizer o que a coreografia passa para o público. E sinceramente não me importa. Eu comecei desta idéia, mas quanto sentei para assistir meu trabalho o que ele mais me fez foi rir!!!

Ques't que la fait rire? / O que a faz rir?

Talvez rir das próprias neuroses.
Das contradições.
Das relações humanas.
E definitivamente, da vida.




Esta também foi a minha primeira edição.
Vivendo e aprendendo coisas novas...

Monday, February 21, 2011

Drops de flocos de neve e de guarda-chuvas.

NY acaba com minha noção de temperatura.
Semana passada esquentou e um belo dia chegou a fazer 18 graus celsus. Saí de shorts feliz da vida.
Mas São Pedro estava brincando com a gente e só quis deixar um gostinho de primavera chegando.
E bem quando toda a neve-gelo-preta-sujeira tinha finalmente desaparecido hoje amanhece nevando!
Mas pelo menos a neve veio pouca e por enquanto ela ainda está linda branca e fofinha.




Me explica porque a neve grudou em só um lado desta árvore?



E olha que pessoa mais otimista achando que é primavera.


Estou falando que os cachorros aqui parecem ratos ou ursos. Neste caso era um urso lindo!
(E uma foto horrorosa porque eu fiquei com vergonha de parar a mulher ou de tirar uma foto paparazzi na cara dela).

....

E eu esqueci de contar aqui meus casos com os guarda-chuvas não é?
No semestre passado, eu - pão dura que sou - comprei um guarda-chuva de 5 dólares que virou um pára raio em dois meses. Mas eu resisti usando o bichinho até antes de eu voltar para o Brasil.
Mas quando eu voltei para cá eu tive que investir num novo guarda-chuva assim que o weather channel avisou que ia chover (é... voltei para ny e voltei à vida de olhar o site de previsão do tempo 6 vezes por dia).
Como meu outro guarda-chuva tinha sido muito porcaria (Que Deus o tenha onde quer que o lixão o tenha levado) eu resolvi investir um pouquinho mais no meu bichinho novo.
Fui no Kmart e achei um que parecia de tamanho razoável por 13 dólares. OK.
Comprei e fui para casa.
Quando cheguei em casa e finalmente abri meu novo guarda-chuva (preto de bolinhas de todas as cores) descobri que tinham me enganado. Me venderam um aparelho de comunicação com ets da nasa. Ou uma antena parabólica. Meu guarda-chuva é gigante. Dá até vergonha de andar com ele. Parece que eu sou uma pessoa neurótica maluca. (O que é verdade, mas ninguém precisa saber!).

....

E para terminar estes drops - já que hoje eu estou me sentindo uma ninja porque passei meu dia editando um vídeo e postando coisas no youtube (post futuros... mistério) - termino com um vídeo porcaria que fiz há mais ou menos um mês atrás.
Estava eu andando pelo Washington Square Park, entre um prédio e outro da NYU, me sentindo o coco do cavalo do bandido por ter ouvido vários nãos. Quando então me deparo com um artista tocando um piano meio desafinado no meio do parque cheio de neve, em um dia que era suicídio ficar sem luvas.
E sabe que música ele estava tocando? (Dica - a música da Gabi..)
E aí eu fiquei feliz da vida, peguei minha câmera e fiz este vídeo com minhas mãos tremendo absurdo.
Ignorem a qualidade, ok?
Mas prestem atenção quando eu resolvo filmar um prédio da NYU, nos pássaros passando em cima da cabeça do pianista e no homem com medo de passar na minha frente e atrapalhar meu vídeo, sendo que ele já estava no vídeo.
Enfim. Só um vídeo pitoresco do dia-a-dia.

Mais um dia off.

Hoje é feriado aqui. Coisa rara.
O que significa que eu estou batendo a cabeça na parede me sentindo culpada porque eu não estou fazendo nada. Plena segunda-feira em que eu deveria estar me acabando morta fazendo aulas intermináveis. Ou então eu deveria estar responsavelmente cumprindo meus assignments de música, minhas leituras e cartas de intenção. Mas não. Estou numa busca implacável por filmes online nesta internet americana toda bloqueada.
Pelo menos quando você tem um obstáculo no seu caminho você cria maneiras interessantes de resolver o problema.

....

Achei este site americano onde posso assistir filmes online de graça porque os malditos copyrights já expiraram. Me diverti vendo a versão da Cinderela da Betty Boop, uma das únicas animações dela em cores (o filme é de 1934). E eu sabia que ela era ruiva e não morena.

" I'm just a poor cinderella, but I'll be a princess someday..."

....

Raramente coloco vídeos aqui, né?
É porque eu sou meio preguiçosa e isso é um passo avançado para mim.
Mas ontem fiquei futricando pelo youtube e achei esse vídeo de um artista que eu não conhecia (e continuo sem conhecer porque não fui procurar me informar sobre nada).
Mas amei o vídeo.
Prendeu a minha atenção até o fim...
É óbvio que tem cara de dança. É sobre mulher. E é criativo e artístico.


Sunday, February 20, 2011

O que tem para o jantar hoje?



Carol
Não pensa que você está tomando sopa de tomate enlatada.
E sim que você está fazendo uma reverência à sua obra favorita pop art do Andy Warhol.
Você teve o prazer de observá-la no Moma há umas semanas atrás, e hoje você tem o prazer de a degustar.

Friday, February 18, 2011

Improviso



Neste ritmo insano da semana anterior ao MFA Concert alguns pepinos andaram acontecendo de última hora. Fiz uma seleção de figurinos para a minha coreografia, mas quando todas as meninas experimentaram ficou péssimo. Entrei em pânico porque estava contando que eu conseguiria fazer uma combinação de achados do costume shop (estoque de figurinos para empréstimo) da dança.
E ao mesmo tempo, figurinos que eu já tinha alugado (dois vestidos para meu duo com a Cecilia) foi pedido de volta porque houve um engano. Uma professora os queria de volta e simplesmente decidiu não retornar os vestidos e deixar a gente usar.
E para completar, todas as minhas amigas americanas com coreografias no mesmo concert estão investindo do próprio bolso e comprando figurinos para seu elenco, coisa impossível para mim. Não tenho condição nenhuma.
Estava me sentindo um lixo, de mãos atadas.
Mas enfim.
Quem não tem cão caça com gato.
Tá na chuva é para se molhar.
Muitas lágrimas depois e vários sonhos com diferentes figurinos optei por simplificar e pedir por opções de roupas pretas. E não é que ficou ótimo?
Entre mortos e feridos salvaram-se todos.
Coco Chanel, Bob Fosse e Fernada Chama já sabiam e foi a solução:
Nada como um pretinho básico para salvar minha vida.
O figurino do meu duo ainda está incerto, apesar da batelada de ensaios técnicos no teatro começar amanhã...

...

Tudo está na arte de improvisar.
Em como transformar o tombo inesperado numa queda e recuperação com torção.
Saio e giro.
Dou um pulo.
E sigo em frente.


Thursday, February 17, 2011

Luz.


Porque as coisas muito pequenas e muito grandes são tão parecidas?
Um olho ou um átomo?
Ou a morte de uma estrela.


Olha as cores que eu nem sabia que existiam.


Terra. Terra.
Por mais distante. O errante navegante. Quem jamais te esqueceria?



Preciso de luz.

Se uma formiga não tivesse conseguindo resolver um problema, e eu daqui de cima olhasse para ela e a observasse sofrendo eu ia pensar: formiga pára de sofrer com uma gotinha d'água.

Olha só o tamanho do universo.

O que somos nós e os nossos medíocres sofrimentos diários perante a beleza e grandeza do espaço.

Carol: recolha-se a humildade de viver o seu dia-a-dia da melhor maneira possível.

E não derrame suas lágrimas por problemas do seu umbigo. Chore por coisas que valham a pena.

Eu hoje:


Desfocalizada.
Com o cérebro fundindo.
Minha roomie me deu sushi.
E de tão pertubada que estou misturei com o toblerone que ela tinha me dado antes, com m&m e para arrematar tomei v8 (suco de tomate).
Ansiedade/nervosismo/stress.com.
Tarantino feelings.

Monday, February 14, 2011

Please be my valentine.


Rosa e azul como um dos meus quadros favoritos de Renoir.

Todos os dia um detalhe da rua, da arquitetura, ou de qualquer outra imagem me lembra dele.

A foto é dele.

A mandala no meu peito.

Minha aliança e uma flor na mão.

O amor é o que move o mundo e faz as coisas valerem a pena.

Amar traz um quentinho no coração.

E sempre cabe mais um.

E cada pessoa a gente ama de um jeito diferente.

E como gosto de dizer a distância é só física.

Estou sempre aí e tem sempre um monte de gente aqui.

Happy Valentine's day!!! - Drops.




Americanas são todas malucas com essa data...
Ou elas acordam pulando e pintando tudo de rosa ou elas acordam depressivas e mau humoradas.
O mercado de chocolates, flores e jantares vai às alturas.
E por alguma razão todas as pessoas vestem rosa, vermelho e branco.
Eu já tinha achado meio bizarro quando na época do Natal vendia tanta roupa com rena, pinheirinhos e papai noel.
Mas aqui no Valentine's day o exagero continua.
Coraçãozinho para todo lado e a dúzia de rosas sobe para uns $15.

....

Fiquei meio possessa quando vi que hoje não ia ter jantar, eu não ia poder deixar meu tupperware e no lugar teria mais uma festinha no convento. E eu com meus ensaios até tarde não ia chegar a tempo de comer. =S
Mas meu ensaio acabou mais cedo e consegui chegar aqui correndo umas 9:30.
Estava meio estressada com as freirinhas mas cheguei aqui e peguei o elevador onde tinha uma freira nova.
Aí eu fui falar oi para ela e vi que ela não entendeu nhecas do meu inglês e tentou me respondeu em francês. Aí daquela forma bem uga buga eu apontei o dedo para mim mesma e disse: Brasil. Apontei o dedo para ela e fiz cara de pergunta.
E aí ela me respondeu: Eu também sou brasileira.
Comecei a pular dentro do elevador e a freira achou que eu era louca ( o que é óbvio que é verdade).
Esqueci da minha raiva anti festas inúteis e entrei no salão com todas as moradoras e freiras reunidas e fui correndo dizer para a freira mais perto que eu tinha descoberto que elas estavam me escondendo a freira brasileira.
Conversei com ela, mas uma pena que ela só fica aqui uma semana.
Se bem que talvez ela tenha dado graças a Deus, já que eu não fui muito normal.
Eita carência de Português viu.

.....

Mas o Valentine's day é um dia para celebrar o amor, seja na forma que for.
Cheguei e a comida já tinha acabado.
Mas uma das freirinhas viu meu muxoxo e foi buscar um pratinho para mim com coisas que elas tinham salvado.
E quando então encontrei minha roomie, ela me disse que tinha feito um pratinho pra mim e guardado também. =D

.....

Todas as americanas me perguntaram se eu estava deprimida.
Se meu noivo tinha preparado alguma coisa e tal.
Era só ele encomendar e mandar entregar flores aqui.
(Ha Ha estamos falando do Nicolas)
Então eu expliquei umas vinte vezes que esse não é o dia dos namorados no Brasil e que para falar a verdade eu e meu noivo decidimos boicotar este feriado inventado para a manutenção consumista.

.....

E momento bizarro do dia: quando eu voltava para casa do metrô, mochila pink nas costas, sacola de mercado na mão e cara de não amigos, um moço senta do meu lado e me dá um papelzinho e me diz que era um curso de graça.
Na hora não vi o que era.
Só depois que vi que era um anúnico escrito:

Carrer opportunities. Contact Mr. Kobe. Obtenha sua permissão para armas de fogo e trabalhe com segurança armada.

What the hell?
Por favor alguém me explica?

...

Bom. Mas no final das contas moro aqui e tenho que me adaptar a essa cultura de malucos.
Então desejo a todos (que se dão ao trabalho de ler isto aqui) um dia cercado daquelas pessoas que lhe são queridas.

Saturday, February 12, 2011

Dear Stress drops.

Todos os dias tenho ensaio até tarde. Estou sempre na correria e nunca tenho tempo de chegar em casa e fazer algo inútil (além de escrever neste blog).
Mas hoje, superei desafios intensos e cheguei em casa antes das 6hs com desejo de assistir um filme.
Queria especificamente assistir You've got mail. Filme light, feliz e que honra NY com a Meg Ryan e o Tom Hanks.
Mas aí vem a barreira tecnológica: eu não tenho televisão. E aqui a internet é cheia de restrições anti-downloads que violam direitos autorais. Ou seja ou eu gasto, ou eu viro uma fora da lei. Por favor agentes do FBI não invadam o convento!
Sou certinha, mas resolvi tentar achar o filme, nem que fosse para pelo menos assistir em má qualidade online, com a minha internet itinerante.
E quem disse que eu consigo?
Torrent...megaupload... o diabo à quatro. Lhufas.
Um grande esforço inútil, perdendo três horas da minha vida.
A única coisa que eu queria era assistir um filme.
Minha lente de contato a estas alturas já está grudando no meu cérebro.
Eu já estou puxando meus cabelos.
E gritando no travesseiro.



Pobre da minha roommate...

(Digressão: Eu não contei que ela chegou né?
Bom. A vida não tá ruim.
Ela é brasileira, bailarina e uma fofa. Desde o começo a gente já se deu bem.
E ela chama Natália. O nome de duas das minhas melhores amigas da Unicamp.
E a pequena ainda é sortuda. Por ela não falar inglês eu estou passando todas as dicas das coisas que aprendi na marra. E ela ainda teve a sorte de ganhar ingressos para o Moma e para o Mamma Mia porque estava comigo...)

Mas voltando ao assunto.
A pobre coitada tem que aguentar eu saindo cedo, chegando tarde, falando no skype e tendo um ataque histérico porque eu não consigo baixar um filme.
Vou ter que comprar um cupcake de presente para ela.
A Butter Lane está em promoção - compre 1 e ganhe o outro.
(Eita desculpinha esfarrapada para eu comprar para mim também.)


Então eu resolvi buscar fotos para stress e achei essas pérolas.
Juro que não estou querendo ser dramática, mas essa frase aí é muito boa.



Batman! (... canhão de luz....)
Mas jogar um vazo também ia bem. Se bem que aqui na gringolândia é crime jogar coisas da janela.
Acho que eu vou ter que ficar com a opção do cupcake mesmo.



Pois é.




Bailarina tem obsessão por comida... ou melhor dizendo: pela idéia de comida.



E sabe qual é o pior?
Eu tenho sim um filme no meu notebook.
Um filme que eu amo.
Mas a questão é que de vez em quando até eu quero assistir um filme que não seja desenho.
E como eu SÓ tenho esse filme por aqui, significa que toda vez que eu estou deprimida eu assisto este filme para ficar de bom humor ( e dou risada nas mesmas falas e fico nervosa nos mesmos momentos).
Mas eu acho que eu já devo ter assistido quase umas 10 vezes.
E desde que eu voltei para cá (duas semanas) eu já assisti duas...

Acho que vou ver "Como treinar o seu Dragão" de novo.

Só para fazer sorrir.




Não há nada como um gato a te olhar.
Ou um bichano a sorrir.

Cadê a minha janela?



Quando Deus fecha uma porta, ele abre uma janela.

Friday, February 11, 2011

Dance Across the Board - Conference




“Dance dialogue in progress: the language and the body”

Carolina Mendes and Xi Zhao, Tisch/Department of Dance

The research for the presentation began with dialogues between the two choreographers and their two different cultures of China and Brazil. The shock of being in a foreign country, the loneliness, and the struggle with a new environment were the inspirations of this collaborative work at the very beginning. The work is a practical example of a process in dance, and it questions how we can consider it as a creative tool to keep reinventing our choreographic methodologies. We would like to share with others how two choreographers with vastly different cultural backgrounds approach the beginning, middle and resultant end of a choreographic process, and how the influences of our home environments, in contrast with our new existence, affect this process.

Thursday, February 10, 2011

Drops - 5 segundos

Como não tive tempo e andei (mais) enlouquecida do que nunca, não pude fazer todos os posts culturais das coisas que tenho feito por aqui...

Então em frases resumidas meu drop cultural de 5 segundos por espetáculo:

27-01
New York Philarmonic Orchestra No Lincoln Center
Beethoven, Sibelius e Nielsen

Apesar de todo o luxo de se assistir uma das melhores orquestras do mundo fiquei um tantinho decepcionada. A acústica do teatro não era das melhores e mesmo sentando num bom lugar minha expectativa era muito alta. A 8a Sinfonia de Beethoven não é das minhas favoritas (é uma das obras que estou analisando neste meu semestre) e foi a primeira obra tocada neste concerto. Mas em compensação assisti a melhor soprano que já ouvi cantando - a Karita Mattila.

30-01
Balé Folclórico da Bahia no NYU Skirball Center

Que orgulho do meu país. Não conhecia o trabalho desta companhia, nem dos seus diretores Walson Botelho e José Carlos Arandiba. E confesso que fui assistir a apresentação com a pura intenção de reviver minha cultura e ouvir um pouco de Português que pudesse aquecer meu coração. E sem dúvida nenhuma foi algo que me encheu de alegria. Para quem estuda dança (e principalmente alguém como eu que fez aula de danças brasileiras com a Graziela Rodrigues) o meu olhar crítico é sempre meio descrente.
Óbvio que se eu fosse ser chata eu poderia dizer que o espetáculo teve alguma estilização das manifestações de danças brasileiras. Mas, sinceramente, isso não importa. O que importa é que o público levantou das cadeiras e dançou ao final do espetáculo durante uns 15 minutos. E a platéia não era de brasileiros.

03-02
Danspace project presents: Plataform 2011 - Body Madness na Igreja do St. Marks
(Sim. Isso mesmo. Assistir dança contemporânea loquérrima dentro de uma igreja que retira todos os bancos e se transforma num templo da expressão.)

1."Voix de Ville" de Cori Olinghouse:
Trabalho muito interessante em que os cinco bailarinos-coreógrafos desenvolviam um espaço nonsense que partia das danças de Vaudeville (sabe aqueles passinhos precursores de musical americano, clube francês, charles chaplin?) e que se transformava completamente. Segundo o programa eram experimentos em Vaudeville e shapeshifting.

2. "Itsuko San" de Kota Yamazaki
Solo Butoh contemporâneo doidíssimo de um japonês inteiro vestido de pink com uma maquiagem noir macabra. Movimentos estranhos, música annoing, e mesmo assim fascinante. Acho que estou refinando (ou cultichatando) meu gosto artístico.

3. "Elements of Vogue" de Archie Burnett e Javier Ninja
Absolutamente fantástico. Olha o meu gosto pop art tomando conta. Estes dois artistas não saíram de nenhum meio formal de dança, mas sim de boates! Simplesmente sarcástico, perspicaz e além das palavras.

06-02

1. Moma
Não tem nada como este museu. Vontade de ir lá toda semana isso sim.
Inspiração pura.

2. Mamma Mia no Winter Garden Theatre
Simplesmente o melhor musical que eu já assisti. (Não que eu tenha assistido muitas produções aqui na Broadway. As versões brasileiras, por melhores que sejam, não contam. Entre todas as minhas idas e vindas por aqui só tinha visto Cabaret, Mary Poppins e A pequena Sereia). Alegre, feliz, divertido. Tão bom quanto o filme. Elenco brilhante.
Óbvio que contém todos os chavões de uma peça musical, mas tudo isto se torna hilário somado à um bom spandex branco, salto alto e muito brilho.
Este musical me fez lembrar de algumas das minhas melhores amigas queridas (Alana e Parpina), pois lá num período longínquo fomos assistir a versão em filme e choramos feito condenadas...

Cantinho de um mestre

No último sábado a minha professora de Grad Seminar (escrita/crítica/discussão em dança) - Deborah Jowitt - deu uma Book Party na casa dela para todas as alunas de mestrado.
Eu já me sinto bem a vontade entre minhas classmates e no meu ambiente profissional.
Mas tem certos aspectos da cultura artística intelectual de New York que é simplesmente tão diferente do Brasil que eu tenho que escrever sobre isso.
Quando que um professor no Brasil iria oferecer uma festa na sua casa para que os alunos se sentissem livres para perguntar sobre o passado artístico, sobre livros, sobre assuntos do departamento ou sobre qualquer outra coisa? Se bem que o assunto da festa foi mesmo dança e comida.
Esta professora é uma das maiores críticas da área, mas ela é absolutamente acessível.
Vivo comentando aqui dos espetáculos que ela me leva para assistir, porque geralmente eu dou sorte ou sou a única que tenho disposição para ir.
Mas então... voltando para a festinha privê com direito a salada, lentilha, frango (eu veggie não como) e muito vinho: entrei num cantinho de uma mestra e me senti honrada de pisar na casa de uma lenda viva.
Esta minha professora mudou-se para este apartamento pequeno numa área vip do Greenwich Village em 61 (ou seja, antes da minha mãe nascer!) e dançou em companhias e trabalhou incessantemente na área desde então.
Mas o grande astro da casa dela são os livros e os detalhes artísticos culturais. O micro apartamento é abarrotado de coisas, móveis antigos, na cozinha tem um fogão branco que deve ter a idade da minha avó. Tem fotografias raridades e presentes artísticos autorais que ela recebeu de coreógrafos que já passaram desta para uma melhor.
Ela tem prêmios espalhados pelos cômodos, livros até o teto, e todos de dança. Um pesquisador de história da dança mataria/morreria por algumas das preciosidades que ela coleciona. Eu morreria para ter 1/8 dos livros dela.
Temos como um dos projetos de pesquisa da disciplina deste semestre escolher uma Lost Dance (ou seja uma coreografia morta - sem registros), rastrear todas as informações que conseguirmos e conduzirmos uma pesquisa sobre esta dança desaparecida.
Só na New York Public Library (NYPL) para termos acesso à cartas de Isadora Duncan, fotos de Martha Graham, coleções de Balanchine e registros de produção de espetáculos que desapareceram.
Quer dizer, só na NYPL e na casa desta minha professora.
Comentei com ela que tinha interesse numa obra da Mary Wigman e ela me puxou para um determinado ponto da casa dela e retirou sua seção de livros desta coreógrafa...

Tuesday, February 8, 2011

Superwoman



Tão exausta.
Fisicamente.
Mentalmente.
E emocionalmente.

Minha carga horária de ensaios não é normal.
Não há tempo para nada.
Um dia parece uma semana.
Sem nenhum tempo livre.
Nemhum fim de semana.
Nem 1 segundo para respirar.

Queria ser a superwoman.
Fazer tudo bem feito.
Ter forças.
E nunca choramingar de cansaço.

O que é arte?





Sunday, February 6, 2011

MOMA

Só para dar um gostinho do Moma...






Friday, February 4, 2011

Quinta-feira


A fruto de curiosidade, eis a minha rotina/ relato da última quinta-feira:

  • 6hs Acordar
  • 6:45 Café da Manhã (Waffle)
  • 7:15 Corre atrasada para o metrô
  • 8hs Aula de Pilates

(Isso. Fortalece o centro, ganha força nos braços e fica 50 min fazendo poses esdrúxulas)

  • 9hs: Aula de Ballet
(Do pliè até a dor no joelho. Prefiro terça que tenho aula de pas de deux de balé contemporâneo. Na última aula meu partner me jogou na lua, fiquei de cabeça para baixo, girei no ar e voltei a terra desacreditando nas coisas que fiz.)
  • 10:45hs: Aula de Contemporâneo
(Não há nada melhor do que superar os limites do corpo.)
  • 12:15- 1:30 Ensaio da minha coreografia
(Trabalho, trabalho, trabalho)
  • 12:40-1 Appointment no Costume Shop em busca de um figurino.
(Missão impossível.)

  • 1:30-3:30 Aula CC&D
(Encontro com os designers para a escolha daqueles que vão fazer o cenário, figurino e iluminação do meu próximo trabalho.)

  • 3:30 - 5 Aula de Composição e Improvisação
(Implicações e discussões sobre o espaço. Não o sideral... aquele a nossa volta. Formas de ter um olhar diferenciado e perceptivo.)

  • 5:6:30 Aula de música
  • 8-9:30 Assisto apresentação do Danspace project (Review em breve)

(Para variar fui de novo assistir um espetáculo de dança na estréia - primeira fila - junto com a imprensa. Nada como estar disponível para fazer companhia para a Deborah Jowitt.

  • 10:30 Qualquer jantar e muito skype
  • 12hs Boa noite

E tem gente que acha que artista não trabalha.

Quotes - A Revanche

Caros fantasmas,

Venho por meio desta agradecer todos os comentários lindos, emocionantes e invisíveis que vocês tem escrito para mim nos últimos posts.
É realmente reconfortante ter todo este apoio imaginário durante a minha estadia na gringolândia.
Por isso, para divertir vocês - meus amigos imaginários - escrevi mais uma coletânea de quotes de filmes que podem ser faladas durante o dia-a-dia para colaborar com a nossa loucura coletiva!!!
Um grande abraço!



Quando você quer agradar sua esposa:

- Querida! Cheguei. (Família dinossauro)

Quando você está de bom humor em meio à situações adversas:

- Good Morning Vietnã (Filme homônimo)





Quando a coisa está ficando preta:

- There's a storm coming. (A cada 5 filmes blockbusters 4 tem essa fala)

Quando você quer sua mãe e qualquer outro Zé Mané vem dar uma de mãe:

- Não é mamãe, não é mamãe! (Família dinossauro)

Quando você, assim como eu, está longe de casa. E volta e vê o que antes não enxergava.

- There's no place like home. (O Mágico de Oz)

Quando alguém faz algo surpreendente:

- Ladies and Gentleman we have a winner. (Qualquer filme de luta americano)



Quando você (assim como eu) precisa urgentemente de um patrocinador, de uma bolsa ou que a jaboticabeira da sua casa comece a dar dólar:

- Show me the money! (Jerry Maguire)

Quando você olha para aquele seu amigo e vê que vocês se deram mal:

- Can I panic now? (Harry Potter)

Quando o problema é uma simples constatação:

- Houston, we have a problem. (Qualquer filme com presença da Nasa)

Quando tem qualquer coisa caindo:

- Mayday Mayday Mayday. (Nasa)



Quando você quer fazer uma saída em grande estilo, anuncie:

- I'm leaving the building.

Quando você e sua turma baranga ganharem o campeonato de truco:

- We are the Champions. (Tá bom esse é de música. Não vale.)

Quando a sua ida no banco não dá certo, você olha para o caixa com olhar assassino e diz:

- I'll be back. (Exterminador do Futuro 2)

Quando você quer dizer tchau:

- Hasta la vista baby. (Exterminador do Futuro 2)




Comida. De novo.

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Bailarino ou fala de dança ou fala de comida.
Hoje almocei alface e uma rodela de tomate. As freiras deram uma decaída no jantar e eu ando na pindaíba.
Tive que esconder meu tupperware das minhas amigas que ficaram passadas com meu almoço ridículo.
E aí eu ando pelo dia frio em busca de um emprego e tomo um starbucks para me manter de pé.

New York is messing up with my health.

Ai seu eu pudesse e meu dinheiro desse:





Tuesday, February 1, 2011

Fruto de Gabirobes

A Gabiroba é um raro fruto da árvore de gabirobes.
Este fruto é meio temperamental e não gosta da mudança de estações.
Este fruto acha que ele só vai crescer se for sempre verão e se ele for adubado com sorvete.
E este fruto tem absoluto pavor de chuva.

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A chuva que vem incomodando, bate nos ombros, turva a visão e faz lágrimas caírem.





Mas essa mesma chuva, alimenta as raízes da planta, que vagarosamente se desenvolve.
E então o fruto de gabirobes irá se transformar em frondosa árvore.
Que mais sabia e mais paciente poderá, por sua vez, dar sombra e alimento para outros frutos.


.....

Tá. Eu não sei inventar história, parábola ou fábula.
Mas o que valeu foi minha intenção.

.....

Queria que meu irmão já tivesse inventado a máquina de teletransporte para eu voltar para o Brasil e dar um abraço em um certo alguém.
Limpar suas lágrimas, ou fazê-la chorar mais.
Dar umas broncas e talvez chorar junto.
E quem sabe eu não pudesse aliviar um pouco desta dor.

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